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PÁG. 8

1 A 14 DE MAIO | CARTA DA INDÚSTRIA

A criação de uma

estratégia conjunta, que

inclui Brasil, Argentina,

Paraguai, Uruguai e Chile,

foi discutida no seminário

“Boas Práticas para o

Manejo e Comércio de

Produtos Químicos”. Os

participantes debateram as

medidas e os obstáculos

enfrentados em cada

um dos países para a

implementação de boas

práticas. O encontro,

realizado no dia 13 de

abril na sede do Sistema

FIRJAN, foi promovido

pelo Centro Internacional

de Negócios da FIRJAN

(CIN) em parceria com

a Agência Brasileira de

Promoção de Exportações

e Investimentos

(Apex-Brasil) e o Inmetro.

A experiência europeia com

a implementação do REACH,

regulamento para o setor, foi

apresentada por Petteri Mäkelä,

diretor da Agência Europeia de

Produtos Químicos. De acordo

com o REACH, os fabricantes e

importadores são responsáveis pela

disponibilização de informações

sobre as substâncias. “Antes da

regulamentação, em 2007, a

maior parte das substâncias não

tinha qualquer tipo de restrição, e

não havia informações públicas”,

lembra Mäkelä. Para Eva Sandberg,

conselheira da Agência sueca

de Produtos Químicos (ECHA),

o objetivo no país é entregar à

geração seguinte a solução dos

problemas ambientais: “Procuramos

trabalhar em parceria com outros

países porque o comércio é global”.

Em outro painel, especialistas

SEMINÁRIO DISCUTE BOAS PRÁTICAS PARA O MANEJO E

COMÉRCIO DE PRODUTOS QUÍMICOS NO MERCOSUL E CHILE

latino-americanos discutiram uma

estratégia regional para o manejo

e comércio de produtos químicos.

Para Pamela Santibanez, assessora

do Ministério da Saúde do Chile, a

falta de normas para os produtos

de uso doméstico é o principal

problema no setor: “Nossa proposta

é etiquetar as embalagens para

proteger a saúde do consumidor”.

Representando o governo brasileiro,

Roque Puiatti, auditor

do Ministério do Trabalho e

Emprego, explicou que uma

das prioridades é classificar as

substâncias perigosas para preservar

a saúde e o meio ambiente. “A

classificação tem impacto para

trabalhadores, consumidores,

transportadores e serviços de

emergência”, avalia.

Segundo Fernando Saboya, assessor

do CIN, a regulamentação afeta as

operações de comércio exterior:

“Há um impacto nas vendas

internacionais quando cada país faz

sua própria norma, e os empresários

têm que se adaptar para exportar

seus produtos. Por isso a construção

de uma estratégia conjunta para

esses produtos é fundamental”.

Para Isaac Plachta, presidente do

Sindicato da Indústria de Produtos

Químicos para Fins Industriais do

Estado do Rio de Janeiro (Siquirj), o

seminário mapeou as experiências

bem-sucedidas em outros países,

que poderão ser implementadas

no Brasil. “As boas práticas, a longo

prazo, trarão economia direta de

produção no custo de insumos,

como água, energia elétrica,

tratamento de efluentes, além de

melhorar os níveis de segurança no

ambiente de trabalho, que resultam

no aumento de competitividade”,

diz Plachta, que também preside

o Conselho de Meio Ambiente do

Sistema FIRJAN.

G

GERAL

Roque Puiatti no seminário “Boas Práticas para o Manejo e Comércio de Produtos Químicos”

Guarim de Lorena