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PÁG. 6

19 A 25 DE JUNHO | CARTA DA INDÚSTRIA

C

MATÉRIA

DE CAPA

PROJETOS DO PROGRAMA DE INVESTIMENTO

EM LOGÍSTICA TRAZEM AVANÇOS, MAS FALTA OUSADIA

A nova etapa

do Programa de

Investimento em

Logística (PIL), do

governo federal, sinaliza

mudanças importantes

para aumentar a

competitividade da

indústria. De acordo

com a proposta, do

total de R$ 198,4 bilhões

previstos para projetos

nas áreas de portos,

aeroportos, rodovias e

ferrovias, o estado do

Rio poderá receber

R$ 23,5 bilhões.

Entretanto, o Sistema

FIRJAN propõe um plano

mais ousado de aumento

da participação do setor

privado, que contemplaria

os setores elétrico e

bancário.

O PIL está alinhado com

as propostas entregues

recentemente pela Federação

ao ministro da Fazenda,

Joaquim Levy, no que diz

respeito à necessidade de um

programa de concessões e à

retomada do crescimento da

economia. Um ponto positivo

é que o PIL foca nos chamados

corredores de exportação, que

contribuirão para reduzir os

custos de logística das empresas.

Apesar de contemplar antigas

reivindicações da Federação, o

programa deixa outras de fora.

Mauro Viegas Filho, presidente

do Conselho Empresarial de

Infraestrutura da Federação, diz

que o programa possui aspectos

positivos e alguns desafios. “De

positivo temos a sinalização de

que o governo quer, de fato,

uma parceria com a iniciativa

privada para investimentos em

toda a infraestrutura do país. Deixa

de ser em doses homeopáticas e

sinaliza um processo mais amplo e

permanente”, pondera.

O desafio refere-se a mudanças de

regra para se obter financiamento,

que serão negociadas por projeto.

O governo abre espaço para uma

participação maior dos setores

financeiro e bancário privados.

“Haverá ainda muita negociação,

porque no mercado interno os

recursos ficaram mais difíceis.

Pode ocorrer maior participação

de estrangeiros, mas precisaria de

estabilidade na política econômica”,

pontua Viegas.

NOVA FERROVIA

Quanto aos projetos, um dos

destaques é a construção da

ferrovia Rio-Vitória, que integrará

o estado à malha ferroviária do

país e ainda criará o arco ferroviário

do Rio de Janeiro, reivindicações

antigas da Federação. A nova

ferrovia, a um custo estimado de

R$ 7,8 bilhões, conectará desde o

ramal da empresa MRS Logística

em Nova Iguaçu, integrando os

portos de Itaguaí, do Rio, do Açu,

de Presidente Kennedy (ES), e o

complexo portuário de Vitória,

podendo ainda chegar a Barra

do Furado.

Em relação às rodovias, a indústria

fluminense também ganhará

competitividade, em função

dos diferentes investimentos

inseridos, entre eles a construção

da nova pista da Serra das Araras,

considerada pela Federação como

um dos maiores gargalos logísticos

do estado do Rio.

EXPECTATIVA DOS EMPRESÁRIOS

Edvaldo de Carvalho, presidente da

Representação Regional FIRJAN/

O PIL contempla a construção de nova pista de subida da Serra de Petrópolis, na BR-040

Guarim de Lorena