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14 A 20 DE AGOSTO | CARTA DA INDÚSTRIA
e os que ascenderam da
última pesquisa. Uma medida
pleiteada pela Federação foi a
implantação, em 2014, do Portal
Único do Comércio Exterior
(http://portal.siscomex.gov.br). A
implantação é feita por etapas e
a previsão é que esteja concluída
em 2017. O levantamento
detectou, no entanto, que
55% das companhias ainda
desconhecem o portal.
Houve aumento do número de
empresas que citam as barreiras
não tarifárias como principal
entrave nas negociações, que
passou de 2% para 11%. Na área
de serviços, um dos pleitos é
a possibilidade de
drawback
,
regime aduaneiro especial, para
o setor e maior acesso a linhas
de financiamento.
BUROCRACIA
“Nas três edições do diagnóstico,
a burocracia alfandegária e
aduaneira foi apontada como o
principal entrave às operações,
tanto de importação como
de exportação”, assinala
Claudia Teixeira dos Santos,
especialista em Comércio
Exterior do CIN. O objetivo do
levantamento é justamente
colaborar para a efetivação
de políticas públicas e ações
orientadas à internacionalização
das empresas fluminenses. Caso
as dificuldades sejam superadas,
86% dos entrevistados estimam
incremento das exportações,
sendo que para 65% o aumento
poderia ser de até 30%.
Outra forma de incrementar o
comércio exterior seria o avanço
do acordo Mercosul-União
Europeia. Por outro lado, no
atual ambiente de negócios,
apenas cerca de 30% dos
participantes estimam
crescimento de suas operações
internacionais este ano.
SUPERAÇÃO DE ENTRAVES
A edição 2015 da pesquisa
teve um número recorde de
entrevistados: 328 empresas,
a maior parte indústrias (79%)
e as demais de comércio e
serviços, de todas as regiões do
estado. Do total, 60% eram micro
e pequena empresas. Cerca da
metade do total tanto importam
como exportam.
O Prêmio Rio Export 2015 foi entregue a 11
empresas, incluindo a homenagem à Associação
de Comércio Exterior do Brasil (AEB), pelos seus 45
anos de atuação. O prêmio foi criado pelo CIN em
1998 e objetiva valorizar e estimular o desempenho
das indústrias fluminenses nas relações com o
mercado externo.
Pela primeira vez foi incluída a categoria Exportação
de Serviços, possibilitada pela obtenção dos dados
oficiais da Secretaria de Comércio e Serviços do
MIDC, extraídos do novo sistema de Comércio
Exterior de Serviços (Siscoserv). A vencedora foi a
Globo Comunicação e Participações.
PRÊMIO RIO EXPORT DESTACA 11 EMPRESAS FLUMINENSES
Na categoria Hors Concours, a companhia
vencedora foi a Petrobras. O Destaque
Exportações para o Mercosul ficou com a
PSA-Peugeot-Citroën do Brasil. Em Exportações
de Produtos com Alto Valor Tecnológico, a
premiada foi a GE-Celma. A Osklen recebeu o
prêmio Diversificação de Produtos de Exportação;
a H. Stern foi Destaque Diversificação de
Mercados; e a Braskem, o Destaque Incremento
de Exportação. A categoria Emissão de
Certificados de Origem ficou com a Man Latin
America; e o Destaque Exportação Indústria da
Transformação, com a Thyssenkrupp – CSA.
Já o Destaque do CIN foi a Michelin.
Ricardo Keiper, diretor de Suply
Chain da GE Celma, diz que a
empresa, que está em ascensão no
mercado internacional, conseguiu
superar entraves em diversos
campos, como no tempo das
operações, que caiu de 14 para
4,5 dias, e em soluções via regimes
especiais. “Segundo o Diagnóstico,
as empresas fazem baixo uso dos
regimes especiais. Na nossa
experiência com o Recof, os
investimentos foram altos e com
longos prazos. Apesar disso, o
Recof alavancou a competitividade
das nossas exportações”, afirma.
Sérgio Duarte, vice-presidente da
Vitális e presidente do Sindicato
das Indústrias de Alimentos do
Município do Rio (Siarj), diz que
um dos efeitos positivos do
diagnóstico é a atuação do Sistema
FIRJAN. “Isso unifica o discurso
do empresário; do contrário, as
demandas ficariam muito soltas,
cada setor reivindicando um
ponto, e a discussão se perde”,
ressalta. O evento aconteceu na
sede da Federação, em 6 de agosto.
Acesse o Diagnóstico em
www.firjan.com.br.