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4 A 10 DE SETEMBRO | CARTA DA INDÚSTRIA
um elevado número de usuários
do transporte rodoviário que
potencialmente poderiam migrar
para o sistema hidroviário. “A
decisão de avançar na estruturação
de um projeto de ampliação do
sistema hidroviário depende do
governo do estado, considerando a
existência de demanda, o impacto
sobre a mobilidade e o custo de
implantação”, diz.
PROJEÇÕES PARA O FUTURO
Das 11 ligações potenciais pela Baía,
cinco conectariam o Rio de Janeiro
ao Leste Fluminense; uma, o Rio de
Janeiro a Duque de Caxias; quatro,
o Centro do Rio de Janeiro às ilhas
do Governador e do Fundão; e uma,
Charitas a Itaipu, em Niterói.
Somadas, essas ligações poderiam
prover mais de 156 mil viagens/dia, o
equivalente a 57,8 mil veículos, mais
da metade deles nas novas viagens
entre Rio, Niterói e São Gonçalo.
Outra vantagem é a ampliação da
integração da rede de transporte,
tendo em vista a proximidade das
estações das novas linhas com
estações de metrô e o sistema
de ônibus.
Uma das principais propostas
presentes no estudo é a ligação
Barra da Tijuca-Centro. Esta linha
possui potencial para realizar 106
mil viagens/dia (15,6% das 679 mil
viagens/dia realizadas no corredor), o
que corresponde a 39,4 mil veículos.
Isto equivale a liberar, ao longo do
dia, um total de 32,8 km de vias,
contribuindo sensivelmente para a
redução do tempo de deslocamento
e dos congestionamentos.
Já as duas hidrovias referentes ao
Complexo Lagunar da Barra da Tijuca
seriam nas Lagoas de Jacarepaguá
e Marapendi, possibilitando a
integração com a futura Linha 4 do
Metrô, que fará a conexão da Barra da
Tijuca com a Zona Sul e o Centro.
Segundo Mauro Viegas, presidente
do Conselho de Infraestrutura da
FIRJAN, a mobilidade é um ponto
crítico que precisa ser resolvido:
“Tendo demanda que justifique o
custo-benefício, toda proposta de
melhoria da atividade de transporte
urbano da Região Metropolitana
é bem-vinda. É muito importante
que a nossa casa promova e
fomente soluções para melhorias
de transporte”, afirmou ele, que
também preside a Concremat.
Para Luiz Césio Caetano, presidente
da Representação Regional FIRJAN/
RESULTADOS PRÁTICOS DAS MEDIDAS SUGERIDAS
CIRJ no Leste Fluminense, a nota
técnica apresenta potencial de
ganho econômico para regiões
importantes do estado. “Esse
estudo contribui para a retomada
das discussões sobre um dos
maiores ativos de mobilidade da
Região Metropolitana, que é a
Baía da Guanabara. O melhor uso
do seu potencial trará melhoria
para a mobilidade, com impactos
sobre a competitividade de toda
a economia”, afirmou Caetano,
também presidente do Sindicato da
Indústria de Refinação e Moagem
de Sal do Estado do Rio de Janeiro
(Sindisal).
Mauro Varejão, presidente do
Sindicato da Indústria de Mármores,
Granitos e Rochas Afins do Estado
do Rio de Janeiro (Simagran-Rio),
lembra que as ligações hidroviárias
são adotadas em todo o mundo e
deveriam ser priorizadas no estado.
“A Baía de Guanabara favorece este
tipo de deslocamento, que pode
solucionar a falta de mobilidade da
Região Metropolitana”, avalia Varejão.
Ele também coordena o Fórum de
Rochas Ornamentais da FIRJAN.
Acesse a Nota Técnica no link
http://goo.gl/9dkgmA.272,4 mil
VIAGENS/DIA REALIZADAS
POR HIDROVIA, QUE
ELIMINARIAM DIARIAMENTE:
100,9 mil
VEÍCULOS
84,1 km
DE ENGARRAFAMENTO
Fonte: Sistema FIRJAN
“Esse estudo contribui
para a retomada das
discussões sobre um
dos maiores ativos de
mobilidade da Região
Metropolitana, que é a
Baía de Guanabara”
Luiz Césio Caetano
Presidente da Representação Regional
FIRJAN/CIRJ no Leste Fluminense