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18 A 24 DE SETEMBRO | CARTA DA INDÚSTRIA
os problemas econômicos das
periferias também impactam
diretamente as capitais”, afirmou.
RIO TEM O PIOR DESEMPENHO
A Região Metropolitana do Estado
do Rio foi a que registrou maior
tempo gasto em deslocamentos
entre todas as pesquisadas. Em
2012, 2,8 milhões de trabalhadores
levaram 141 minutos nas viagens
casa-trabalho-casa, gerando
um custo de R$ 19 bilhões,
equivalente a 5,9% do PIB
metropolitano naquele ano. O
estudo mostra que, apesar de ter
havido uma queda de 1,5% no
volume de deslocamentos com
tempo superiores a 30 minutos,
o tempo médio piorou, com 11
minutos a mais do que em 2011.
Isso significa que, embora tenha
havido um aumento do número
de pessoas morando perto de
onde trabalham, para aqueles que
são obrigados a realizar longas
viagens pendulares até o local de
trabalho aumentou muito o tempo
perdido no trânsito. “A situação
encontrada é resultado do fato
de que há muitos municípios
na área metropolitana, que são
as cidades-dormitório. Grande
parte das pessoas, para conseguir
emprego, tem que ir a outras
cidades, principalmente para o
Rio de Janeiro. E todo mundo se
desloca na mesma hora, na mesma
direção em poucos corredores de
transporte. Isso aumenta o custo do
deslocamento”, explicou Rodrigues,
que apresentou o estudo no
Congresso Internacional Cidades e
Transportes, em 11 de setembro.
Na cidade do Rio, que concentra
53,2% dos trabalhadores da Região
Metropolitana com deslocamentos
acima de 30 minutos, a média das
viagens ficou em 134 minutos. O
município com pior desempenho
foi Japeri, com tempo de
deslocamento médio de 187
minutos, o que gerou um prejuízo
correspondente a 9,1% do PIB do
município.
Na avaliação de Carlos Erane
Aguiar, presidente da Representação
Regional FIRJAN/CIRJ na Baixada
Fluminense – Área I, as políticas
públicas devem priorizar a
construção de alternativas para
solucionar o problema. “Temos sido
afetados intensamente pela questão
da mobilidade. Nossas indústrias
perderam muito dinheiro”,
disse ele, que preside também a
Condor S/A.
O Sistema FIRJAN, apoiador do Congresso Internacional
Cidades e Transportes, esteve presente no painel “A
importância de ter uma visão de cidade”, realizado no
primeiro dia do evento. Sergio Duarte, vice-presidente
do Conselho Tributário da FIRJAN, falou sobre o papel
do setor privado nesse processo e como construir uma
visão conjunta de longo prazo para as cidades.
Duarte destacou as ações realizadas pela Federação
para a promoção do desenvolvimento das cidades,
citando como exemplo os Índices FIRJAN de
Desenvolvimento Municipal (IFDM) e de Gestão Fiscal
(IFGF): “É uma contribuição que a indústria pode dar à
gestão pública para ajudá-la a fazer diferença”, disse ele,
que também preside a Vitális/Chinezinho e o Sindicato
das Indústrias de Alimentos do Município do Rio de
Janeiro (Siarj).
O congresso, promovido pela Embarq Brasil e a WRI
Brasil, reuniu empresários, prefeitos, especialistas e
pesquisadores para debater e pensar coletivamente
alternativas viáveis para o futuro das áreas urbanas. O
evento aconteceu em 10 e 11 de setembro, na Cidade
das Artes.
FIRJAN PARTICIPA DO CONGRESSO INTERNACIONAL CIDADES E TRANSPORTES
“Esse é um cenário que impacta
toda a sociedade. A questão do
transporte impacta a vida do
trabalhador, pois afeta suas horas
de lazer e sua produção, que
são coisas a se levar em conta
quando falamos de produtividade
e competitividade”, afirmou Lucenil
Carvalho, presidente do Sindicato das
Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas,
de Material Elétrico, Reparos Navais
e em Plataformas Marítimas, Material
Bélico, Construção e Manutenção
de Elevadores no Estado no Rio de
Janeiro (Simmmerj).
Para Roberto Leverone, presidente
da Representação Regional FIRJAN/
CIRJ Baixada Fluminense – Área II,
o estudo mostra os problemas dos
entraves impostos às empresas que
tentam se expandir para o interior:
“Uma das soluções que poderia aliviar
o deslocamento seria interiorizar
as indústrias. Mas para isso, com
relação a Magé, sentimos que
várias empresas, quando foram lá,
encontraram barreiras econômicas
que tornaram o investimento
desinteressante, como, por exemplo,
a falta de uma política industrial que
favoreça o investimento”.
Acesse o estudo no link
http://goo.gl/o2SDdk.