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PÁG. 11

25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO | CARTA DA INDÚSTRIA

G

GERAL

Edmundo Barbosa apresenta a jaqueta interativa criada pelo Grupo Malwee

GIRO MODA APRESENTA OPORTUNIDADES E TENDÊNCIAS

DO MERCADO DE TECNOLOGIA VESTÍVEL

As tendências do mercado de

tecnologia vestível atraíram

empresários e acadêmicos para

a quarta edição do Giro Moda

Grupo de Estudos, promovido

pelo Sistema FIRJAN. O evento

contou com mesas de debate sobre

as oportunidades de negócios,

desenvolvimento de produtos e

parcerias que esse mercado oferece

para a indústria da moda. “As

pessoas estão buscando cada vez

mais produtos com performance e

valor agregado. A tecnologia vestível

é uma oportunidade da moda se

integrar com a tecnologia. Nosso

objetivo é preparar os empresários

para esse próximo passo inovador

do segmento”, explicou Carol

Fernandes, especialista de Moda

da FIRJAN.

Com nove fábricas em todo o

país, o Grupo Malwee foi umas das

empresas pioneiras na confecção de

wearables

(dispositivos eletrônicos

vestíveis) ao lançar uma jaqueta

interativa. O produto, que teve

NOVOS CONCEITOS

Flavio Bruno, pesquisador do SENAI

CETIQT, apresentou o estudo

“Cadeia Têxtil e de Confecção: Visão

de Futuro - 2030”, que aponta para

o futuro da tecnologia na moda. “A

tendência é que nos próximos anos

a produção de baixo custo deixe de

existir, abrindo oportunidades para

o investimento em tecnologia e

automação. Estamos diante de

novos conceitos produtivos”.

Para falar sobre os aspectos

contemporâneos da moda que

envolvem o corpo e a tecnologia,

Suzana Avelar, professora da

Universidade de São Paulo (USP),

fez um retrospecto histórico

das relações entre essas duas

vertentes. “As tecnologias

têm a qualidade de otimizar o

funcionamento do corpo. Cabe à

moda trazer artifícios de ponta para

a vida cotidiana”, explicou.

Eduardo Prado, desenvolvedor

de Novos Negócios e consultor

de tecnologia, citou a evolução

do uso dos sensores nas roupas

e os mercados futuros para esse

segmento. “Pensem em roupas para

o mundo corporativo. Isso abrirá

um novo leque de oportunidades

em design”, disse. Cintia Barcelos,

consultora da IBM, abordou as

categorias mais fortes em

wearable

,

como as áreas fitness, industrial e

militar, e de saúde e medicina. “Os

desafios estão em criar produtos

com melhor design e preço

acessível”, ressaltou. A professora

da USP, Silgia Costa, participou

do evento discutindo a união

da tecnologia com a moda e os

desafios advindos dessa inovação.

O Giro Moda aconteceu em 16 de

setembro, na sede da Federação.

Guarim de Lorena

tiragem inicial de mil unidades,

possui botões que se conectam

com smartphones, possibilitando o

comando de funções apenas com

um toque na roupa. “Vejo os tecidos

funcionais como um mercado

promissor para a moda”, defendeu

Edmundo Barbosa, coordenador de

Inovação da empresa.

Giselle Araujo, consultora de

Negócios de Moda da Lectra,

destacou os desafios que a

tecnologia incorporada à moda

traz para as etapas produtivas da

indústria têxtil. “O ciclo de vida dos

produtos é cada vez mais curto.

As empresas têm que ter mais

variedade de produtos em menos

tempo. Isso exige um nível de

tecnologia que atenda e acompanhe

esses processos”, disse. Renata

Bonaldi, da equipe de Inovação da

Rhodia, companhia que produz fios

de poliamida, falou sobre inovações

como o primeiro fio biodegradável

do mundo, que elimina a utilização

da água na cadeia de produção.