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25 DE JANEIRO A 7 DE FEVEREIRO DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA

IFDM: QUEDA DO MERCADO DE TRABALHO

FREIA DESENVOLVIMENTO DAS CIDADES BRASILEIRAS

O mercado de trabalho

nacional tem sido diretamente

afetado pela deterioração do

quadro econômico do Brasil

nos últimos anos. Por sua vez,

a redução de empregos e a

queda da renda média do

trabalhador foram fatores

determinantes para a desaceleração

do desenvolvimento dos

municípios brasileiros, verificado

pela nova edição do Índice

FIRJAN de Desenvolvimento

Municipal (IFDM).

Mesmo avançando em saúde e

educação, as cidades brasileiras

tiveram a menor evolução da série

histórica do índice, iniciada em

2005. O cenário identificado pelo

estudo, baseado em dados de

2013, reforça a vulnerabilidade do

desenvolvimento dos municípios à

conjuntura econômica.

“O emprego e a renda são as

principais preocupações para os

municípios. E são variáveis que

irão piorar nos próximos índices.

Os resultados baseados nos dados

de 2014 devem retornar aos

mesmos níveis de 2007. Ou seja,

vamos voltar sete anos no mercado

de trabalho”, explicou Guilherme

Mercês, gerente de Ambiente

de Negócios e Infraestrutura da

FIRJAN. Segundo Mercês, o estudo

referente a 2015 deverá ser ainda

mais alarmante, já que no ano

passado foram fechados mais

de um milhão e meio de postos

de trabalho.

AUMENTO DAS DESIGUALDADES

O ano de 2013 novamente apontou

para desigualdades entre as regiões

do país. Enquanto no Sul e no

Sudeste quase todos os municípios

possuem desenvolvimento alto

E

ESPECIAL

Divulgação/Prefeitura de Resende

CAPITAIS

Para as cidades que são capitais,

a crise da economia se traduz

com intensidade. Em 2013,

quando o país já dava sinais da

desaceleração econômica, as

metrópoles brasileiras apresentaram

um grau de desenvolvimento ainda

distante do ideal. Apenas 10 capitais

brasileiras figuram entre os 500

municípios com melhores índices,

e somente duas, Curitiba e São

Paulo, constam na lista das 100 com

melhor nota.

A capital fluminense, destoando do

resto do país, apresentou avanços

nas três variáveis analisadas pelo

estudo: emprego e renda, educação

e saúde. Em geração de postos de

trabalho, em termos relativos seu

desempenho foi, inclusive, superior a

São Paulo. Esse progresso se refletiu

com a capital ocupando a sua

melhor posição no

ranking

desde o

início da série histórica do IFDM.

ou moderado, no Norte e no

Nordeste o quadro se inverte, com

a expressiva maioria das cidades

tendo se desenvolvido em níveis

regulares ou baixos.

Dos 100 municípios com pior

colocação no índice, apenas

um não está localizado no

Nordeste ou no Norte, dado que

comprova a situação crítica das

cidades de ambas as regiões. Já

o Centro-Oeste, que avançou

significativamente em educação e

saúde, se aproxima das melhores

regiões do país.

“Desenvolvimento é redução

de desigualdades entre as

regiões. Quando se olha para o

Sul e o Sudeste, temos um país

que se aproxima dos padrões

internacionais de Primeiro Mundo.

O grande desafio é trazer o Norte

e o Nordeste para o mesmo

patamar”, esclareceu Mercês.

A cidade de Resende, no Sul Fluminense alcançou o maior IFDM do estado do Rio