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25 DE JANEIRO A 7 DE FEVEREIRO DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA
G
GERAL
O Complexo Portuário da
Baía de Sepetiba, que já
é o terceiro do Brasil em
volume de cargas, precisa de
obras de infraestrutura para
aumentar sua capacidade.
Apto a movimentar 200
milhões de toneladas/ano
e 1.800 navios, o conjunto
de portos poderia mais
que dobrar esses números,
com a duplicação do
canal de acesso e seu
aprofundamento. Integram
o complexo os portos de
Itaguaí, do Sudeste, da
Companhia Siderúrgica do
Atlântico, da Ilha Guaíba,
da Nuclep e a base naval da
Marinha (em construção).
Segundo o estudo
“Necessidade de Adequação
do Acesso Marítimo ao
Complexo Portuário da Baía de Sepetiba”, do Sistema
FIRJAN, haverá perda de competitividade do estado
e do país, caso a ampliação não seja realizada o mais
brevemente possível. Riley Rodrigues, especialista em
Ambiente de Negócios e Infraestrutura, explica que a
urgência da medida leva em consideração que, entre
estudos e obras físicas, a adequação pode levar de 24 a
30 meses para ser concluída.
“A duplicação do canal e o aprofundamento da área para
ancorar os navios são essenciais para que o complexo
possa atingir sua plena capacidade de movimentação
de cargas, em especial de contêineres. Sem o canal
duplicado gasta-se até seis horas no processo de
atracação e desatracação, o que representa enorme
perda de competitividade para os terminais, para o
estado do Rio e para o Brasil”, ressalta Rodrigues.
Carlos Alberto Auffinger, membro do Conselho de
Autoridade Portuária (CAP) de Itaguaí, observa que a
saturação do tráfego no canal só não ocorrerá já este
ano por conta da crise econômica. “Se os investimentos
necessários à infraestrutura marítima não forem
viabilizados, as cargas serão migradas para outros
portos”, alerta.
COMPLEXO PORTUÁRIO DA BAÍA DE SEPETIBA DEPENDE DE
OBRAS PARA DUPLICAR CAPACIDADE DE MOVIMENTAÇÃO
Carlos Erane de Aguiar, presidente da Representação
Regional FIRJAN/CIRJ Baixada I, lembra que Sepetiba
pode receber ainda mais movimentação de carga em
breve: “A ocupação do Arco Metropolitano tem estreita
ligação com o acesso rodoviário ao porto. É natural que
a demanda cresça”.
AUMENTO DA ATRATIVIDADE
Riley Rodrigues destaca a existência dos projetos de
construção do Ferroanel de São Paulo e da ferrovia
Rio-Vitória, que aumentarão a atratividade dos portos
fluminenses. “Isso reduzirá os custos do transporte de
cargas ferroviárias do Noroeste paulista e do Centro-Sul
brasileiro para o litoral do Rio de Janeiro, em especial para
o Complexo Portuário da Baía de Sepetiba, que poderá
atrair cargas industriais (de maior valor agregado)
e agrícolas”, destaca.
Enquanto isso, a boa notícia fica por conta do anúncio da
dragagem do porto do Rio, antigo pleito da FIRJAN. Com
a obra, anunciada pelo governo federal no fim do ano, o
porto poderá receber embarcações com capacidade de até
8.000 TEUs. Hoje, só aportam navios que transportam até
4.500 TEUs. Acesse o estudo do Complexo Portuário da
Baía de Sepetiba em
goo.gl/r5kzYA.Porto de Itaguaí, integrante do Complexo de Sepetiba: FIRJAN sugere obras de ampliação
Divulgação/CDRJ