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15 A 28 DE MAIO DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA

C

COMÉRCIO

EXTERIOR

“Os produtos a serem

exportados deverão

cumprir um Índice de

Conteúdo Regional

de 50%”

Marcos Pereira

Ministro da Indústria, Comércio

Exterior e Serviços (MDIC)

BRASIL E COLÔMBIA FIRMAM ACORDO COMERCIAL QUE

AMPLIARÁ NEGÓCIOS PARA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA FLUMINENSE

Um acordo automotivo firmado

entre Brasil e Colômbia pode abrir

oportunidades para as exportações

fluminenses, fomentando toda a

cadeia produtiva da indústria. A

iniciativa prevê que os países possam

exportar automóveis, vans e veículos

comerciais leves sem imposto de

importação – que atualmente tem

alíquota de 16% – por um período

de oito anos. O intuito é triplicar o

número de automóveis exportados

para o mercado colombiano em

até três anos. Em 2016, o Brasil

vendeu 17,5 mil veículos para o

país, dez mil a mais do que o total

registrado em 2015.

De acordo com Marcos Pereira,

ministro da Indústria, Comércio

Exterior e Serviços (MDIC), o acordo

estabelece cotas para a quantidade

de automóveis a serem exportados

com alíquota zero. No primeiro

ano, serão contempladas até 12 mil

unidades; no segundo, 25 mil; e no

terceiro, 50 mil. Para as empresas

poderem usufruir do imposto zero,

será necessário que utilizem um

percentual mínimo de equipamentos

e serviços brasileiros na fabricação

dos veículos.

“A distribuição das cotas será

efetuada por meio de critérios claros

e transparentes. Os produtos a

serem exportados deverão cumprir

um Índice de Conteúdo Regional de

50%. Existirá, ainda, a possibilidade

de exportação de uma pequena

quantidade de veículos com 35%

desse índice”, garantiu.

Ele ressalta que, se depender do

Brasil, o acordo deverá entrar em

vigor o mais rápido possível. A

iniciativa de venda e compra de

automóveis para a Colômbia com

Imposto de Importação zero já havia

dependência do mercado argentino,

principal destino das vendas externas

dos veículos brasileiros, a qual

também possui acordo automotivo

com o Brasil.

“Estamos fazendo um movimento

que deveria ter sido iniciado há

muito tempo, que é suprimir a nossa

dependência da Argentina, criando

proximidade com outros países.

A Colômbia hoje é um mercado

consumidor muito relevante. É um

país com parque industrial reduzido,

com apenas duas montadoras, o

que abre espaço para a presença de

empresas brasileiras”, afirmou.

Segundo ele, o aumento de

exportações esperado com o

acordo fortalece uma política já

adotada pela indústria automotiva

nacional, a de apostar no comércio

exterior para compensar a queda na

demanda interna, provocada pela

crise econômica no Brasil. Em 2016,

a Renault-Nissan vendeu mais de

40 mil veículos só para a América

sido negociada em 2015, mas não

entrou em vigor, pois não havia sido

internalizada pelo país vizinho. O

pacto foi retomado em abril de 2017,

após uma reavaliação dos termos.

BENEFÍCIOS PARA A INDÚSTRIA

Para Evandro Bizzotto, gerente

de Comércio Exterior da Aliança

Renault-Nissan, a iniciativa

possibilita que o país possa

diversificar as parcerias comerciais

para exportação de automóveis.

Dessa forma, reduzirá a

O acordo ampliará a venda de carros nacionais para Colômbia: meta é 50 mil até 2020

Divulgação/Governo do Estado do Rio