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PÁG. 8

15 A 28 DE MAIO DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA

A

ARTICULAÇÃO

CUSTO DO ROUBO DE CARGAS

NO ESTADO DO RIO, POR REGIÃO

(2011-2016)

CAPITAL

R$ 1,1 BILHÃO

BAIXADA II

R$ 449,7 MILHÕES

BAIXADA I

R$ 224,8 MILHÕES

LESTE

R$ 232 MILHÕES

NORTE

R$ 30,1 MILHÕES

SUL

R$ 25,5 MILHÕES

CENTRO-NORTE

R$ 5,6 MILHÕES

CENTRO-SUL

R$ 5 MILHÕES

NOROESTE

R$ 4,6 MILHÕES

SERRANA

R$ 3,9 MILHÕES

Avanços começam a surgir a

partir da atuação do Movimento

Nacional Contra o Roubo de

Cargas e da Carta do Rio de

Janeiro. A Assembleia Legislativa

do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou,

em 26 de abril, o Projeto de

Lei (PL) nº 1.639/12, que veda a

comercialização, fabricação e

aquisição de aparelhos eletrônicos

usados para bloquear sinais

rastreadores de veículos.

Os estudos divulgados pelo

Sistema FIRJAN apoiaram

a retomada da proposta do

deputado Zaqueu Teixeira (PDT),

parada há cinco anos na Alerj.

Além da proibição, o PL também

prevê multa e cassação do

registro das empresas que

comercializarem bloqueadores

de sinais pela internet. “Após

audiência pública realizada em

abril sobre o tema, embasada

pelos dados importantíssimos

da FIRJAN, obtive elementos

suficientes para pedir a urgência

do projeto, que foi aprovado e

aguarda sanção do governador”,

explicou o deputado.

Também foi aprovado em março

a Lei Nº 7.539/2017, que impede

de licitar, contratar ou receber

incentivos fiscais da administração

pública estadual a empresa que

adquirir, distribuir, transportar,

estocar, revender ou expor à venda

mercadorias que sejam roubadas

ou furtadas. Agora, outros três

projetos sobre o tema, também

sugeridos na Carta do Rio, estão

em tramitação na Alerj: um

destina às forças de segurança os

recursos aferidos nas ações de

combate a esse crime, quando os

proprietários das cargas não são

identificados; outro determina

MOVIMENTO NACIONAL CONTRA O ROUBO DE CARGAS

CONQUISTA NOVA VITÓRIA JURÍDICA NA ALERJ

a cessão, em tempo real, para as

polícias Rodoviária Federal, Civil e

Militar as imagens das câmeras de

monitoramento das rodovias; e o

terceiro estabelece a “Dação em

Pagamento”, permitindo que as

empresas possam pagar parte de

seu débito tributário com o estado

através de equipamentos e serviços

essenciais ao bom funcionamento

das forças policiais.

Em 17 de maio, uma comitiva

de deputados estaduais,

acompanhados de representantes

da Federação, se reuniu com

o ministro da Justiça, Osmar

Serraglio, a fim de debater

sugestões e pedidos de ajuda

para a segurança no estado. “A

participação mais direta com

o legislativo fluminense, na

aprovação de leis e na interlocução

com o Ministério da Justiça,

fortalece o combate ao roubo de

cargas no estado”, observou Riley

Rodrigues, gerente de Estudos de

Infraestrutura da Federação.

IMPACTO ECONÔMICO

A cidade do Rio de Janeiro registra

o maior prejuízo com roubos de

carga no estado: R$ 1,1 bilhão, de

2011 a 2016. Em seguida, vem a

Baixada Fluminense Área I, com

perda de R$ 449,7 milhões.

“As principais vias de acesso ao Rio

passam pela Baixada, que, com

pouca segurança, fica vulnerável a

esse crime. Se o roubo de cargas

não for combatido com firmeza, a

capital pode ficar desabastecida de

diversos produtos”, alertou Carlos

Erane, presidente da Representação

Regional da FIRJAN/CIRJ na

Baixada Fluminense Área I e do

Conselho do Empresarial de Defesa

e Segurança do Sistema FIRJAN.

Fonte: Elaboração do Sistema FIRJAN,

com base em dados do ISP-RJ