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PÁG. 6

15 A 28 DE MAIO DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA

REFORMA TRABALHISTA COMEÇA A SER DEBATIDA NO SENADO;

MUDANÇAS PROMOVEM AVANÇOS NA LEGISLAÇÃO

Aprovado na Câmara dos

Deputados, o Projeto de Lei

(PL) nº 6.787/16, que trata da

reforma trabalhista, traz uma série

de mudanças para modernizar

as relações laborais do país. A

principal delas é a prevalência

das negociações coletivas

sobre a legislação, que atende

a um antigo pleito do setor

produtivo, defendido no Mapa do

Desenvolvimento do Estado do Rio

de Janeiro 2016-2025. Sindicatos

patronais e dos trabalhadores

poderão negociar questões como

o parcelamento de férias em até

três vezes, jornada de trabalho,

plano de cargos e salários, entre

outros pontos.

“A reforma aprovada na Câmara é

muito positiva para as empresas,

pois elimina embaraços na

legislação, tornando-a flexível, e as

negociações coletivas ficam mais

amplas. O PL estabelece que o

negociado passa a ter força de lei;

com isso, a Justiça do Trabalho fica

impedida de anular as convenções,

o que dá maior segurança jurídica

e estabilidade para as relações

trabalhistas”, explicou Pedro

Capanema, consultor Jurídico do

Sistema FIRJAN.

Para Capanema, a proposta

representa o maior avanço no

campo trabalhista brasileiro

desde a criação da Consolidação

das Leis do Trabalho (CLT), na

década de 1940. De acordo com o

consultor, a reforma é necessária

para abranger a nova realidade do

mercado de trabalho, transformada

pelas evoluções tecnológicas.

NOVOS MODELOS DE TRABALHO

Um dos dispositivos que caminham

nessa direção é o que estabelece

CIRJ no Leste Fluminense,

pontua que a adequação da

legislação às novas modalidades

de trabalho responde a uma

demanda das empresas e dos

trabalhadores. “Essa lei atende

à dinâmica do mundo moderno.

O trabalho a distância já é

uma realidade em muitas

empresas, e a reforma vem

suprir essa lacuna regulatória. A

modernização é desejada tanto

pelo empregado quanto pelo

empregador, sendo que este é

ainda mais afetado porque é o

único a lidar com a insegurança

jurídica”, justificou Caetano, que

também preside o Sindicato da

Indústria da Refinação e Moagem

de Sal do Estado do Rio de

Janeiro (Sindisal).

Outra novidade que traz ganhos

para as empresas é a possibilidade

de negociação de banco de horas

por meio de acordos individuais,

que na lei vigente, só é possível

C

MATÉRIA

DE CAPA

“A reforma trará

modernização e

segurança jurídica, com

reflexos imediatos na

economia brasileira”

Celso Dantas

Presidente do Conselho Empresarial

Trabalhista e Sindical do Sistema FIRJAN

e do Sipaterj

o trabalho remoto, chamado

de

home office

, que poderá ser

previamente acordado entre

empregadores e empregados. A

mudança combate um gargalo

da legislação atual, representada

pela CLT, que não contempla

esse modelo.

Luiz Césio Caetano, presidente da

Representação Regional FIRJAN/

O deputado Rogério Marinho, relator da reforma, e o presidente da Câmara dos

Deputados, Rodrigo Maia, na sessão que aprovou o PL nº 6.787/16

Agência Brasil