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26 DE JUNHO A 9 DE JULHO DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA

Estar atualizado quanto às mudanças da legislação

trabalhista brasileira é essencial para os empresários.

As Normas Regulamentadoras (NRs) e a reforma

trabalhista são dois pontos atuais de atenção e que

requerem acompanhamento constante do Sistema

FIRJAN. No momento, a minuta de alteração da NR 24,

que dispõe sobre as Condições Sanitárias e de Conforto

nos Locais de Trabalho, está sendo reelaborada pela

Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP).

Embora o texto final ainda não tenha sido aprovado,

algumas mudanças já se mostram positivas. Entre

elas, destaca-se a alteração do termo “refeitório” para

“local para as refeições”, possibilitando que essas

salas possam ser usadas para outras atividades, como

reuniões e treinamentos. Antes isso não era permitido.

SISTEMA FIRJAN MONITORA MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO

TRABALHISTA E EM NORMAS REGULAMENTADORAS

Além disso, a minuta deixa claro que regulamentações

específicas prevalecem sobre as normas gerais,

evitando conflitos na legislação e multas equivocadas.

Já na NR 12, a atuação da FIRJAN foi preponderante

nas negociações realizadas no âmbito da Comissão

Nacional Tripartite Temática (CNTT). “Entre 2015

e 2017, houve diminuição de conflitos e busca por

consenso na CNTT. Com isso, muitas portarias

favoráveis à posição da indústria foram criadas, mas

ainda não regulamentadas”, explica José Luiz de

Barros, gerente consultivo de Saúde e Segurança do

Trabalho da FIRJAN.

A Federação agora trabalha para que essas

portarias sejam publicadas o quanto antes, para

que os avanços possam ser usufruídos por todos. “É

importante garantir que as normas sejam efetivamente

aplicáveis e que melhorem as situações de trabalho,

mas sem inviabilizar a indústria”, avalia Eduardo

Almeida, gerente geral de Saúde e Segurança do

Grupo Usiminas.

REFORMA TRABALHISTA

Entre os empresários, há receio de que a crise política

pela qual o Brasil passa atrase a aprovação do projeto

da reforma trabalhista, que tramita no Senado Federal.

Para Pedro Capanema, consultor Jurídico da FIRJAN,

alguns pontos podem ser vetados.

“A possibilidade de trabalho no regime de 12 por 36

horas, definido por acordo individual, o intervalo de

15 minutos entre a jornada ordinária e extraordinária

da mulher e a permissão de trabalho de gestantes

em locais insalubres podem ser consideradas

inconstitucionais”, destacou Capanema.

Segundo Renan Feghali, diretor da Eninco Engenharia,

Indústria e Comércio, a expectativa é positiva na

prevalência do negociado sobre o legislado: “Temos

por volta de 14 milhões de desempregados, um

sinal de que o modelo atual não está funcionando.

Nós temos capacidade produtiva, precisamos agora

fazer mudanças que incentivem os empresários

voltarem a contratar”.

O debate aconteceu durante o Conselho Empresarial

Trabalhista e Sindical do Sistema FIRJAN, em 8 de

junho, na sede da Federação.

Para Pedro Capanema, a aprovação da reforma trabalhista é um

importante para modernizar as relações laborais no país

Renata Mello

G

GERAL