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26 DE JUNHO A 9 DE JULHO DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA
Proporção das reservas provadas e da produção de
PETRÓLEO em terra, por região do Brasil - 2016
RESERVAS
0,66 MMboe
Legenda das Regiões
N: Norte
NE: Nordeste
SE: Sudeste
Total Brasil
0,15 MMboe/dia
PRODUÇÃO
N
7%
SE
4%
NE
89%
N
16%
NE
76%
SE
8%
Fonte: Elaboração própria a partir de dados da ANP, 2017
desenvolvimento
onshore
abrirá
oportunidades não só para diferentes
perfis de investidores, como também
possibilitará uma maior participação
da cadeia nacional de fornecedores.
“As operações não têm perfil tão
complexo como no mar. Além
disso, requerem equipamentos que
podem ser fornecidos por empresas
menores, ao contrário do acontece
no
offshore
”, disse.
A fim de identificar oportunidades
de negócios para a indústria
fluminense, um estudo da FIRJAN
sobre o mercado
onshore
elencou os principais produtos
e serviços que são demandados
pelos diferentes segmentos da
cadeia produtiva. Entre eles estão
equipamentos de poços, sistemas
de automação, medição fiscal e
telecomunicações; afretamento de
sonda; terraplanagem; engenharia
básica, entre outros.
Para Claudio Tangari, presidente
do Sindicato das Indústrias
Metalúrgicas, Mecânicas e de
Material Elétrico de Nova Friburgo
(Sindmetal), o setor produtivo do
estado do Rio está preparado para
absorver as demandas que deverão
ser geradas no médio prazo:
“Como não houve rodadas de leilão
nos últimos anos, tivemos uma
diminuição da exploração de poços.
Dessa forma, há equipamentos
suficientes para serem alugados
no mercado. Estamos prontos
para atender a essas necessidades
que surgirão”.
DESAFIOS
Paulo Buarque, professor do
Departamento de Geologia e
Geofísica da Universidade Federal
Fluminense (UFF), pontua que um
dos desafios a serem superados
para o desenvolvimento do
onshore
é a diversificação de investidores
que atuam no mercado. “Os
investimentos desse segmento
fomentam a mão de obra e a
indústria local. Para que aconteçam,
é preciso que os produtores
possam vender óleo para mais de
um comprador, não somente à
Petrobras, de forma que seus preços
sejam competitivos”, advertiu.
Na avaliação do Sistema FIRJAN,
além da ampliação dos atores
envolvidos, é primordial a adoção
de outras medidas de dinamização
das atividades em terra. Essas
ações passam pela garantia do
livre-comércio na distribuição de
derivados e pelo aprimoramento
dos processos e garantias do
licenciamento ambiental.
“As reservas em terra podem ser
consideradas pouco exploradas no
Brasil. Os campos já em atividade
podem proporcionar demandas
com a maximização da recuperação
de suas reservas. Além disso, o
investimento em coleta de dados
exploratórios permitirá a abertura
de novos horizontes”, avaliou Karine
Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e
Naval da Federação.
O estudo “Ambiente Onshore
de Petróleo e Gás no Brasil” é
uma entrega do plano de trabalho
onshore
2017 da FIRJAN. A
publicação está disponível em
www.firjan.com.br/petroleoegas.