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PÁG. 4

26 DE JUNHO A 9 DE JULHO DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA

E

ESPECIAL

REDEFINIÇÃO DAS RESTRIÇÕES LOGÍSTICAS PODE OTIMIZAR O FLUXO

DE TRANSPORTE DE CARGA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

A eficiência dos sistemas

de distribuição de cargas é

fundamental para a economia das

grandes cidades. No município do

Rio, que concentra grandes polos

geradores de tráfego situados

em suas principais vias, encontrar

soluções para o fortalecimento

da logística é primordial para a

melhoria do ambiente de negócios

e garantia do abastecimento de

mais de 137 mil estabelecimentos.

Redesenhar o sistema de

distribuição de cargas

considerando o perfil das diferentes

áreas e empreendimentos pode,

nesse sentido, otimizar o tempo e o

custo de deslocamento na

cidade. Ciente dessa demanda, a

Federação propõe a adoção de um

polígono que mantém as restrições

logísticas nos pontos com maior

concentração de tráfego, ao

mesmo tempo em que as retira

das zonas industriais. Atualmente,

a circulação de veículos

transportadores de carga é proibida

das 6h às 11h e das 17h às 21h.

Riley Rodrigues, gerente de

Estudos de Infraestrutura da

FIRJAN, pontua que, para estruturar

o polígono, quatro medidas são

essenciais. Uma delas é excluir

as restrições para circulação de

veículos de cargas na Avenida

Brasil, importante via de acesso

ao Porto do Rio de Janeiro,

assim como dos polos industriais

localizados fora das regiões com

tráfego intenso, como Pavuna

e Jacarepaguá.

Segundo Rodrigues, o panorama

atual, de redução das condições de

acesso ao Porto do Rio, impacta

diretamente no desenvolvimento

do estado, uma vez que a área

é um importante gerador de

impostos e empregos. “O porto

é a principal fonte arrecadadora

de ICMS do estado e uma das

principais de ISS do município

do Rio, podendo ser comparado

a uma cidade. Além disso, é

responsável por 30 mil postos

de trabalho diretos e indiretos”,

pontuou o gerente.

Também é necessário aumentar

o número de vagas para carga

e descarga, com a devida

fiscalização para impedir a

ocupação por outros tipos de

veículos. A quarta proposta é

unificar as regras de circulação

de cargas no polígono a partir

das características das regiões e

dos estabelecimentos. Isso inclui

determinar horários para o tráfego

dos diferentes tipos de veículos,

com restrições mais amplas

para aqueles de grande porte, e

autorização para o livre trânsito de

utilitários e Veículos Urbanos de

Carga (VUC).

De acordo com Sergio Duarte,

vice-presidente do Sistema

FIRJAN, investir na eficiência do

transporte urbano é primordial

para garantir condições mais

competitivas à indústria. Ele

ressalta que as restrições

logísticas municipais impactam

negativamente a distribuição de

cargas, aumentando os custos das

empresas. “O resultado disso é o

Transporte de Carga Urbano no Rio de Janeiro

POLÍGONO DE

RESTRIÇÃO DE TRÁFEGO

DE CARGAS DE

200 KM

2

COM A CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOS DE CARGAS

PROIBIDA DAS 6h ÀS 11h E DAS 17h ÀS 21h, A

MAIORIA DOS ESTABELECIMENTOS E DAS OBRAS

DE CONSTRUÇÃO CIVIL ENFRENTAM

dificuldades logísticas

Fonte: Sistema FIRJAN

196,1 mil

VIAGENS/DIA DE

VEÍCULOS DE CARGAS

137,6 mil

ESTABELECIMENTOS

ABASTECIDOS