Previous Page  5 / 12 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 5 / 12 Next Page
Page Background

PÁG. 5

10 A 23 DE JULHO DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA

G

GERAL

Conhecer técnicas de

gerenciamento de crise é essencial

para os empresários, que são

impactados pelos ciclos de

instabilidade financeira e política.

Empresas com gestão forte

garantem a geração de empregos

e o crescimento econômico de

um país ou região.

É o caso da Sal Cisne, que começou

a apresentar os primeiros sinais

de alerta. “Percebemos certa

redução no faturamento e na

cartela de clientes e, por isso,

iniciamos um processo preventivo

de administração. Estamos revendo

alguns conceitos para que essas

dificuldades não alcancem maior

escala”, pontua o proprietário da

Sal Cisne, Luiz Césio Caetano, que

também preside a Representação

Regional FIRJAN Leste Fluminense.

Por sua vez, a Casa da Moeda

do Brasil iniciou um processo

de reestruturação em virtude

da ascensão da virtualização do

mercado financeiro. “Precisamos

deixar de ser uma impressora clássica

e passar a ser uma prestadora

de serviços de alta segurança no

ambiente digital também”, analisa

o chefe de gabinete da Presidência,

Antônio Renato de Andrade.

Segundo ele, medidas para

aumentar o portfólio de serviços

digitais, como selos virtuais, já

estão em andamento. “Resiliência

e adaptabilidade são características

fundamentais em momentos de

crise e reinvenção”, afirma Andrade.

TÉCNICAS DE GESTÃO DE CRISE

Carlos Alberto Priolli, diretor sênior

da Alvarez & Marsal, explica que

a metodologia

turnaround

é uma

forma eficiente para recuperar

CONHECIMENTO SOBRE GESTÃO DE CRISE É

FERRAMENTA ESTRATÉGICA PARA EMPRESÁRIOS

uma companhia, melhorando seus

resultados financeiro e operacional.

Para garantir mais sucesso, ela deve

ser iniciada ainda nos primeiros

sinais de alerta. “A primeira ação de

combate à crise é a mais importante,

pois deve ser certeira. A chamada

first victory

trará a confiança de volta

para as equipes e para os acionistas”.

O

turnaround

se inicia com um

processo de diagnóstico, com

duração estimada de seis semanas.

A partir dele, monta-se um Plano de

Carlos Alberto Priolli detalhou a metodologia de turnaround, usada para recuperar empresas

“Resiliência e

adaptabilidade

são características

fundamentais em

momentos de crise e

reinvenção”

Antônio Renato de Andrade

Chefe de gabinete da Presidência da

Casa da Moeda

Melhoria de Performance, que deve

estar focado na geração de caixa no

curto prazo. “Uma análise criteriosa

do caixa direciona as ações que

devem ser tomadas para evitar que a

empresa entre em uma situação de

insolvência”, ressalta Priolli.

A Lei de Falência e Recuperação

Judicial (Lei nº 11.101/2005) também

é uma alternativa quando forem

esgotadas todas as possibilidades de

renegociação amigável das dívidas e

existir a possibilidade real de falência

da empresa. Por outro lado, ela só

pode ser aplicada quando ainda houver

a viabilidade de superação da crise

econômico-financeira do devedor.

“Em vista disso, buscamos dar

suporte, por meio da educação

executiva, para os empresários

fluminenses, de modo que

sejam capazes de driblar suas

dificuldades”, afirmou Alexandre dos

Reis, superintendente do Instituto

Euvaldo Lodi (IEL). O tema foi

detalhado durante o curso Gestão de

Crise, promovido pelo IEL, em 29 e

30 de junho, na sede da Federação.

Vinícius Magalhães