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10 A 23 DE JULHO DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA
Atualmente, a Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel) só faz
a medição de suspensões por
períodos superiores a esse, sem
fazer distinção entre as classes
de consumidores. A separação
das classes também é um dos
pleitos da FIRJAN, uma vez que
possibilitaria mensurar com maior
precisão os custos das interrupções
para o setor produtivo.
DESAFIOS
De acordo com a análise regional
do estudo, mesmo na capital
fluminense, onde a quantidade (6)
e as horas de interrupções (11,4)
foram as menores do estado, o
índice ainda é alto. Isso reforça
a importância de investimentos
visando dar maior confiabilidade e
qualidade ao sistema.
A Região Serrana foi a mais
afetada no ano passado, com 18,54
ocorrências médias de
interrupções, que geraram
30,43 horas sem energia elétrica.
Norberto Mello, presidente da
Tribuna de Petrópolis, relata que,
entre os principais problemas
que esse quadro apresenta para
a empresa, está a perda de
matéria-prima: “A paralisação da
produção acarreta desperdício de
produtos e das horas de trabalho.
Isso impacta diretamente a
produtividade. Com o uso cada vez
mais frequente de equipamentos
eletronicamente controlados
e processos automatizados, a
necessidade de energia com
qualidade torna-se indispensável”.
Para a FIRJAN, outra medida
importante seria a expansão das
redes inteligentes. “No Mapa do
Desenvolvimento e nas Agendas
Regionais sinalizamos e pleiteamos a
melhoria da qualidade. Defendemos
a expansão de
smart grids
e
outras medidas importantes em
participação em fóruns e no
Conselho de Energia Elétrica”,
declarou Tatiana Lauria, especialista
da Gerência de Estudos de
Infraestrutura do Sistema FIRJAN.
Ela destaca que, neste ano,
algumas distribuidoras estão
negociando um termo aditivo aos
seus contratos de concessão e a
agência reguladora tem alterado
parâmetros de qualidade para
fomentar investimentos na rede de
distribuição. “Espera-se que, até
2018, os resultados dessas medidas
sejam sentidos pelos consumidores.
É crucial que sejam realizados
investimentos”, pontuou.
O estudo “Retrato da Qualidade
da Energia no Estado do Rio de
Janeiro” está disponível em
http://www.firjan.com.br/publicacoes.Propostas da FIRJAN para melhorar a qualidade da energia
01
CRIAR
INDICADORES
QUE MENSUREM
INTERRUPÇÕES
ABAIXO DE
TRÊS MINUTOS:
retratariam com
maior precisão a
realidade enfrentada
pelas indústrias.
Todas as interrupções,
mesmo as pequenas,
prejudicam o
processo produtivo e
trazem prejuízos.
02
DAR
TRANSPARÊNCIA,
NOS CONJUNTOS
ELÉTRICOS,
DAS CLASSES
DE CONSUMO:
a medida
permitiria inclusive
tratar de forma
diferenciada cada
conjunto elétrico
dependendo da
tipologia principal
de demanda.
03
ESTIMULAR
A EXPANSÃO
DAS REDES
INTELIGENTES DE
ENERGIA (
SMART
GRIDS
):
possibilitaria
a redução das
perdas do sistema
elétrico e permitiria
ao setor melhor
gerenciamento
do consumo
de energia e,
consequentemente,
aumento da
qualidade.
04
CRIAR CONDIÇÕES PARA
O DESENVOLVIMENTO
DE UM MERCADO DE
ENERGIA ELÉTRICA COM
QUALIDADE E PREÇO
DIFERENCIADO PARA
A INDÚSTRIA:
a oferta
diferenciada de qualidade
trará maior satisfação para
o cliente que necessita
de um fornecimento
de energia com
alto nível de
qualidade.
Fonte: Sistema FIRJAN