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CARTA DA INDÚSTRIA

www.firjan.com.br

ARTICULAÇÃO

Foto: Renata Mello

Apesar de o Brasil

ter uma das maiores

cargas tributárias do mundo, o ajuste das

contas públicas se mantém como o prin-

cipal desafio econômico do país, em um

cenário onde a maioria das cidades sofre

com o desequilíbrio fiscal. No estado do

Rio, por exemplo, apenas 11% das prefei-

turas tiveram avaliação positiva no Índice

FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF). A redução

das despesas, principalmente de gastos

com pessoal, e o aumento da transparên-

cia são medidas primordiais para melhorar

esse quadro.

Por isso, a principal preocupação do

prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, é não

gastar mais do que a cidade arrecada. As-

sim, ele cortou secretarias, diminuiu todos

os contratos e congelou aluguéis de pré-

dios locados pela prefeitura. “Nossa ges-

tão é focada em reduzir custeio e aumen-

tar a arrecadação”, informa. O desempe-

nho da cidade rendeu a melhor avaliação

no IFGF entre as capitais brasileiras.

Giovanna Guiotti, secretária de Pla-

nejamento, Modernização da Gestão e

Controle de Niterói, acredita que prefei-

turas comprometidas com a transparência

de dados têm mais credibilidade junto ao

mercado: “Investir em soluções como um

portal de transparência foi um dos que-

sitos que possibilitaram Niterói chegar à

sexta colocação em âmbito nacional e em

primeiro lugar na esfera estadual do IFGF”.

Para José Felipe Quintanilha, secretá-

rio da Transparência e Controle de Cam-

pos dos Goytacazes, é preciso incremen-

tar a arrecadação sem que isso se traduza

em aumento de tributos: “É importante

fazer análises periódicas do orçamento e

rever prioridades de investimento, se for o

caso. Em Campos, solicitamos que cada

secretário reavalie seus gastos trimestral-

mente. O que pode ser cortado, não é

mais contratado”. A cidade tem o quinto

melhor IFGF do estado.

Na avaliação de Eduardo Eugenio

Gouvêa Vieira, presidente da FIRJAN, uma

boa gestão depende de empenho, cre-

dibilidade e transparência. “O desenvol-

vimento do estado começa nos municí-

pios e o ajuste das contas públicas é pré-

condição para isso”, destaca. O assunto foi

debatido em um seminário e oficinas de

boas práticas para prefeitos e secretários

de Fazenda e Planejamento dos municí-

pios fluminenses, realizados, em outubro,

pela Federação e pela Comunitas, com

apoio da Frente Nacional dos Prefeitos.

BOA GESTÃO FISCAL

GARANTE CREDIBILIDADE