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produção terrestre NA

américa do sul - 2016

A exploração de petróleo e gás

onshore

no país ganhará novo

impulso em 2017. O Projeto

Topázio – que consiste na venda

de ativos da Petrobras –, os leilões

com áreas terrestres da Agência

Nacional de Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP) e o Programa

de Revitalização das Atividades de

Exploração e Produção de Petróleo

e Gás em Áreas Terrestres (Reate)

possibilitarão a entrada de novos

players

no mercado.

Com uma produção reduzida, em

torno de 140 mil barris diários, o

Brasil tem apenas em torno de 4%

da sua bacia sedimentar terrestre

contratada, de acordo com José

Gutman, diretor da ANP. Assim, com

96% de áreas para serem licitadas,

as oportunidades de atração de

grandes operadoras e de fomento

à cadeia de pequenos e médios

produtores independentes são

muito grandes. Em três anos, serão

10 leilões de licitação de petróleo

e gás, sendo que em 2017 duas

das quatro rodadas de negociação

envolvem áreas terrestres – a 14ª

Rodada de Licitações possui seis

bacias sedimentares terrestres e a 4ª

Rodada de Licitações de Áreas com

Acumulações Marginais tem nove

áreas de produção

onshore

.

De olho nas oportunidades do novo

cenário, a ANP investiu em três

iniciativas voltadas para o segmento

no início deste ano. “Criamos uma

coordenação específica para áreas

terrestres na agência, além de um

comitê permanente de análise de

contratos e editais em exploração e

produção de petróleo e gás, que trará

mais dinamismo para o mercado.

Além disso, prorrogamos os contratos

do campo terrestre de Araçás de

2025 para 2052”, explicou Gutman.

Em paralelo, a Petrobras põe em

prática o Projeto Topázio, que faz

parte do plano de desinvestimento

da empresa. Ela estuda a venda de

95 campos em terra, três campos

em águas rasas e seis blocos

exploratórios terrestres, localizados

majoritariamente no Rio Grande

do Norte, Bahia, Ceará, Sergipe e

Espírito Santo.

Para Claudio Tangari, presidente

do Sindicato das Indústrias

Metalúrgicas, Mecânicas e de

Material Elétrico de Nova Friburgo

(Sindmetal), o setor metalmecânico

está preparado para ser fornecedor

das empresas voltadas para o

onshore

. “Trata-se de um mercado

Políticas voltadas para omercado onshore

fortalecem INDústria de petróleo e gás

pequeno, mas promissor. Com

as novas possibilidades em vista,

há mais chance de investimento

em equipamentos, e, quando isso

acontecer, temos total competência

de atender às demandas”, afirmou

Tangari, que também é vice-

presidente da FIRJAN.

Aumentar a produção

O Reate, lançado em janeiro pelo

Ministério de Minas e Energia (MME),

objetiva incrementar a exploração

e produção em terra, para tornar

essa indústria forte, competitiva e

com pluralidade de operadores e

fornecedores de bens e serviços.

A iniciativa tem como meta triplicar

a produção no país, saindo dos

atuais 140 mil barris diários para

500 mil até 2030.

O programa deverá entrar em

consulta pública até o final de

abril, e no mês que vem terá as

diretrizes definidas, para que

seja submetido ao Conselho

Nacional de Política Energética

(CNPE) em junho. “Tal ação deverá

movimentar a economia de

centenas de municípios e incentivar

o desenvolvimento industrial”,

reitera João Vicente Vieira, diretor

do Departamento de Políticas de

Exploração e Produção de Petróleo

e Gás Natural do MME.

Desenvolvimento regional

No Brasil, existem nove operadores

independentes, que correspondem

a apenas 0,38% da produção de

petróleo nacional, enquanto em

países com tradição de produção

terrestre, como Estados Unidos e

Canadá, milhares de operadores

de pequeno e médio porte

desenvolvem essa atividade, em

geral com resultados expressivos

– nos EUA, 13 mil produtores

M

MERCADO

equador

500

Mbbl/d

COLÔMBIA

1.000

Mbbl/d

BRASIL

143

Mbbl/d

BOLÍVIA

50

Mbbl/d

PERU

150

Mbbl/d

ARGENTINA

530

Mbbl/d

Fonte: Boletim Mensal de E&P da ANP

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maio de 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA