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de Capa
O mercado brasileiro de petróleo
e gás tem novas perspectivas de
investimentos com o lançamento
de programas para fortalecer o
segmento e o calendário de leilões
previsto até 2019. Somente em
2017, estão programadas quatro
rodadas de licitações: para campos
marginais; para concessões de
blocos exploratórios, em terra e em
águas profundas; e 2ª e 3ª rodadas
de partilha de produção do pré-sal.
Para o governo, há a expectativa
de, com os leilões, gerar mais
dinamismo ao mercado, com
a atração de grandes
players
e
aumento das demandas para a
cadeia produtiva. Apenas com a 2ª
rodada do pré-sal, a União espera
arrecadar até R$ 4,73 bilhões, em
bônus de assinatura dos contratos.
“A grande oferta de campos
e a diversidade de ambientes
exploratórios têm potencial de
alavancar a demanda de bens,
serviços e sistemas da cadeia
de fornecedores. Espera-se,
com isso, dar previsibilidade
de demanda, de modo que o
país se consolide globalmente
em áreas nas quais detém
competências construídas”,
afirmou Igor Calvet, secretário
de Desenvolvimento e
Competividade Industrial do
Ministério da Indústria, Comércio
Exterior e Serviços (MDIC).
Novos investimentos
Uma das empresas que estuda
participação nas rodadas deste
ano é a Shell. A companhia
anunciou um investimento de
US$ 10 bilhões no Brasil até 2020,
valor que não inclui os leilões.
De acordo com André Araujo,
presidente da Shell, o país tem um
Retomada de leilões atrai investidores
e movimenta cadeia de fornecedores NACIONAL
papel estratégico para a empresa,
sendo um dos mercados mais
importantes em que está presente:
“A importância do Brasil para a
companhia nunca foi tão grande.
Com a aquisição da empresa BG
no ano passado, tornou-se um dos
três maiores países para a Shell em
produção de petróleo e também
um dos três principais destinos de
nossos investimentos”.
Outra empresa que avalia
aumentar os projetos no Brasil
é a Total, cujo portfólio abrange
17 áreas de exploração no país,
com participação de 20% no
campo de Libra e cinco blocos
como operadora na Bacia da
Foz do Amazonas. A companhia
aponta como um reforço do seu
comprometimento com o Brasil o
projeto Aliança Estratégica, firmado
com a Petrobras em 2016.
A iniciativa representa a entrada
da Total no segmento de gás
natural brasileiro e torna as
empresas parceiras na exploração
e produção de áreas como a Bacia
de Santos. “Essa Aliança Estratégica
permite que ambas as empresas
combinem suas experiências,
reconhecidas mundialmente, em
todos os segmentos da cadeia de
petróleo e gás natural, no Brasil e
exterior. É uma iniciativa que reforça
o compromisso de longo prazo
da Total com o país e sua posição
estratégica para nossos negócios”,
Leilões da ANP em 2017
rodadas de licitações QUE SERÃO
REALIZADAS NESTE ANO
rodada de áreas com
acumulações marginais
4ª
Rodada de blocos
exploratórios
14ª
Rodadas de áreas
do pré-sal
2ª
E
3ª
PREVISÃO DE ARRECADAÇÃO
DO GOVERNO
EM BÔNUS DE
ASSINATURA
DOS CONTRATOS
mais de
8,5
bilhões de reais
Fonte: ANP
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maio de 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA