independentes respondem por 54%
da produção total. A Colômbia, que
era um país com produção muito
pequena, hoje já está produzindo 1
milhão de barris/dia no
onshore
.
A Associação Brasileira dos
Produtores Independentes de
Petróleo e Gás (Abpip) tem 10 anos
de luta no fomento do
onshore
brasileiro e avalia positivamente
as ações tomadas este ano
para valorização do mercado.
“Os produtores independentes
costumam ser empresas de
pequeno e médio porte. É
importante que o nível de risco
seja compatível com atividades
de produção. Por isso, as áreas
terrestres são a porta de entrada”,
explica Anabal Santos Junior,
secretário executivo da Abpip.
De acordo com projeção da
Associação, se o
onshore
tivesse
sido explorado de forma correta
nas cinco bacias, entre 2010 e
2015, a produção teria mais do
que dobrado, gerando 193 mil
postos de trabalho, cerca de
R$ 1,8 bilhão aos municípios dos
cinco estados e mais 150 milhões
de barris de petróleo. Essa
estimativa adota como premissa
a quantidade adicional de barris
de petróleo que a Petrobras
produziria caso apresentasse os
mesmos índices de incremento
dos produtores independentes que
operam no Brasil, com um perfil
de campos bem piores que os
operados pela Petrobras.
Raul Sanson, vice-presidente
do Sistema FIRJAN, destaca que
um dos grandes benefícios na
investida do
onshore
é conseguir
interiorizar as atividades e, assim,
gerar mais renda e emprego
localmente. “As empresas voltadas
para esse segmento operam
primordialmente no Nordeste
brasileiro, em municípios que
carecem de infraestrutura. Assim,
distribuir para mais companhias a
produção e exploração no
onshore
vai favorecer mais parcelas da
população brasileira, ao gerar
oportunidades localmente”.
Plano de ação
Em vista do cenário apresentado
e com o intuito de fortalecer a
indústria, o Sistema FIRJAN
montou um plano de ação para
o primeiro semestre. A primeira
frente foi um
workshop
sobre o
onshore
apresentado em março,
na sede da Federação, que contou
com os principais
players
de
petróleo e gás. Também está sendo
construído o Mapeamento de
Demandas do Onshore Brasileiro. A
partir do estudo, será desenvolvida
uma ação estruturada para acesso
a esse mercado.
Karine Fragoso, gerente de
Petróleo, Gás e Naval da
Federação, ressalta a importância
dessas ações para despertar
o interesse dos empresários
e órgãos do governo: “O que
mais queremos é motivar as
empresas brasileiras, em especial
as fluminenses, a realizarem
parcerias. Isso ajudaria na
consolidação do
onshore
como
boa opção de atuação”.
Além disso, a FIRJAN está
trabalhando em uma missão
internacional prospectiva à Global
Petroleum Show, a maior feira
de petróleo e gás do Canadá,
realizada anualmente na cidade
de Calgary. O evento atrai grandes
players
globais e também conta
com uma conferência técnica para
os visitantes.
produção terrestre NO BRASIL - janeiro de 2017
23
operadores
terrestres
149
Mbbl*/DIA DE
PEBRÓLEO
PRODUZIDOS
207
CONCESSÕES
306
Mboe/d
NO TOTAL
24
MMm³*/dia de
gás natural
5,1%
da produção
petróleo
19,6%
da produção
de gás natural
8
Estados da
Federação
10
bacias
sedimentares
7.775
POÇOS
Petrobras
96%
da produção
de petróleo
70%
da produção
de gás natural
Fonte: ANP
*Mil barris
**Milhões de metros cúbicos
maio de 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA
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