PANORAMA NAVAL NO RIO DE JANEIRO 2016
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(considerando 6 contêineres por centímetro), elevando a capacidade de movimentação em
197.400 contêineres (aumento de 130,0%).
Dessa forma, evidencia-se que as deficiências de acesso aquaviário são tão ou mais graves
que as deficiências de acesso terrestre ou mesmo os gargalos de eficiência técnica. Isso se
reflete na perda de atratividade, redução de escalas de navios que não possuem ou perdem
capacidade de ancoragem, aumento dos custos com seguro e praticagem e outros.
Para mitigar os impactos negativos da falta de adequação dos acessos aquaviários, o governo
federal prevê investir, até 2025, R$ 3,6 bilhões (média de R$ 360 milhões por ano) em
dragagens de manutenção e aprofundamento em portos de todo o país. Este valor, porém,
equivale, praticamente, à necessidade anual de manutenção dos três portos mais afetados
por assoreamento no Brasil. Para atender à demanda dos 10 portos mais afetados pelo
assoreamento, seriam necessários R$ 437 milhões anuais.
Tabela 6.
Portos brasileiros mais afetados pelo processo de assoreamento anual
Cenário de assoreamento em portos selecionados
Porto
UF
Assoreamento anual [mil/m³]
Custo anual para manutenção do
calado (R$ mil)
Santos
SP
6.600
156.383
Rio Grande
RS
4.380
111.092
Paranaguá
PR
3.687
85.899
Subtotal
14.667
353.374
Itajaí
SC
2.400
57.883
Recife
PE
700
7.840
São Francisco do Sul
SC
266
6.415
Vitória
ES
220
5.306
Itaguaí
RJ
200
3.400
Imbituba
SC
100
2.412
Maceió
AL
15
370
Subtotal
3.901
83.626
Total
18.568
437.000
Fonte: Elaboração Sistema FIRJAN com base em dados da Secretaria de Portos.
Além disso, é necessário considerar a necessidade de ampliação da capacidade, com obras de
aprofundamento e derrocamento de canais, bacias de evolução, áreas de fundeio e terminais.
A dragagem de aprofundamento do porto do Rio de Janeiro iniciada em junho de 2016, para a
retirada de 2,9 milhões/m³ de sedimentos, tem valor total de R$ 210 milhões e será concluída
em janeiro de 2018 (20 meses de execução, além dos 42 meses entre a decisão da realização
e o início da obra, totalizando 62 meses, ou 5 anos e 2 meses).