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PANORAMA NAVAL NO RIO DE JANEIRO 2016

PÁG. 17

que oferecerão a remuneração necessária para garantir os investimentos em outros portos

da mesma zona cuja arrecadação com a tarifa portuária não seja suficiente para financiar os

serviços de dragagem. Dessa forma, haverá um tipo de financiamento cruzado das obras no

conjunto de portos de uma zona. Exemplos claros podem ser os complexos portuários e navais

das baías de Sepetiba e de Guanabara, que poderiam formar uma zona de dragagem.

É importante ressaltar que, além de garantir os investimentos necessários para garantir um

cronograma eficiente de dragagens de manutenção de aprofundamento nos principais complexos

portuários do país, a criação das zonas de dragagem concedidas ao setor privado terá impacto

positivo no parque naval. Isso ocorrerá de forma direta, uma vez que as zonas de dragagem

precisarão ter equipamentos permanentes, será necessário estruturar processos de manutenção,

reparo, modernização e construção de dragas no país, o que gerará encomendas para os estaleiros.

Para garantir a velocidade adequada para os serviços e o menor impacto para a movimentação

das embarcações, cada zona de dragagem deverá possuir o mínimo de três dragas. Este

número considera os diferentes tipos de equipamentos exigidos para cada tipo de intervenção.

Basicamente existem dois tipos de dragas, as mecânicas e as hidráulicas, que, para serviços

portuários, se dividem em duas subclasses: mecânicas – mandíbulas articuladas (MA) e

escavadeiras (ES); hidráulicas – sucção e recalque (SR) e autotransportadoras (AT).

Além destes modelos, para a necessidade de derrocamento (técnica de engenharia utilizada para

remoção de rochas do fundo de corpos de água) são utilizadas plataformas, que operam em

sistemas adequados ao material a ser derrocado e a sua forma de disposição. As plataformas podem

ser de dois tipos: flutuantes e autoelevatórias. Neste caso, os derrocamentos são menos comuns,

não havendo necessidade de se possuir um equipamento exclusivo em uma zona de dragagem.

Figura 2.

Dragas e plataformas mais utilizadas em serviços portuários

Draga mecânica de mandíbulas articuladas

Draga hidráulica de sucção e recalque

Draga hidráulica autotransportadora

Draga mecânica escavadeira