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SISTEMA FIRJAN

PÁG. 7

SÚMULA AMBIENTAL | JULHO DE 2015

João Ricardo Fonseca Teixeira

Chefe de Tecnologia e Metrologia Ambiental

Genilda Pressato da Rocha

Especialista em Serviços Tecnológicos

CTS Ambiental

Não há como pensar em um contínuo

desenvolvimento econômico, social e ambiental

sustentável, com olhar para a melhoria da qualidade

de vida, sem pensar em uma nova conduta

química para o desenvolvimento de tecnologias

e metodologias analíticas. A Química sustentável,

conhecida como Química Verde,

pode ser definida como a criação,

o desenvolvimento e a aplicação de

produtos e processos químicos para

reduzir ou eliminar a geração e o

uso de substâncias nocivas à saúde

humana e ao ambiente.

Mas como fazer uma Química de

modo sustentável considerando a

pressão econômica de produção

para atendimento do consumo? Este

é o desafio em que a sociedade,

junto aos cientistas, vem trabalhando

para encontrar soluções criativas,

comportamentais e inovadoras.

Somos frequentemente abordados

pela mídia por situações de agressão

ambiental; mas, felizmente, já

começamos a pensar que a solução

está na forma preventiva, no uso

correto dos recursos naturais –

o que tecnicamente chamamos

de sustentabilidade.

A sociedade vem fazendo o seu papel ao utilizar

produtos e serviços alinhados ao conceito de Química

Verde; existe, ao mesmo tempo, uma necessidade

natural de atualizarmos nossa forma de gerar

produtos que não acabem com nosso planeta. Hoje

há flutuando nos oceanos uma área equivalente

ao estado de Minas Gerais de substâncias não

biodegradáveis. Se nada for feito, essa área tenderá a

crescer ao ponto de comprometer a vida marinha.

Empresas ao redor do mundo estão disponibilizando

milhões de dólares para estabelecer uma relação de

UM OLHAR PARA A

QUÍMICA VERDE

confiança com o novo consumidor consciente.

Estes recursos não estão somente em campanhas

de marketing; boa parte é aplicada em

desenvolvimento de tecnologias. Os governos estão

preocupados não somente com a escassez dos

recursos naturais, mas com o custo de remediação

das áreas contaminadas. Cada vez mais observamos

novas legislações e encontros ambientais para

discutir as soluções das velhas atitudes de produção

não sustentável.

Comunidade cientifica, governo e indústrias têm

trabalhado na criação de novas fontes de energia e

no uso de matérias-primas

renováveis. Várias fontes

de conhecimento estão

se organizando na criação

de centros de pesquisa

e inovação destinados

a proporcionar uma

qualidade de vida melhor.

O Departamento Nacional

do SENAI vem criando

uma rede de centros de

inovação para a realização

de um trabalho integrado

na área do conhecimento,

otimizando as soluções,

custos e tempo para alcançar

os resultados tão necessários

ao desenvolvimento das

indústrias. Neste movimento

para uma sociedade

sustentável, o Sistema FIRJAN

não poderia ficar de fora e

está preparando uma equipe

para o pronto atendimento focado na Química

Verde. Alianças entre universidades, empresas e

institutos de inovação estão sendo formadas para

uma nova abordagem de busca de soluções.

Hoje contamos com laboratórios que são capazes

de desenvolver novas tecnologias e dispomos de

recursos analíticos voltados a determinar a presença

de substâncias toxicas que, há até pouco tempo,

não eram identificadas. Os laboratórios do Instituto

SENAI de Tecnologia Ambiental e o futuro Instituto

SENAI de Inovação em Química Verde estão

prontos para o desafio que temos pela frente, com

um olhar especial para Química Verde do futuro.

T

TECNOLOGIA

AMBIENTAL

Hoje há flutuando

nos oceanos uma

área equivalente

ao estado de

Minas Gerais de

substâncias não

biodegradáveis.

Se nada for feito,

essa área tenderá

a crescer ao ponto

de comprometer a

vida marinha