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SISTEMA FIRJAN

PÁG. 2

SÚMULA AMBIENTAL | SETEMBRO DE 2015

CAPA

C

EXPEDIENTE: Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) - Centro Industrial do Rio de Janeiro (CIRJ). Av. Graça Aranha nº 1 - CEP: 20030-002

- Rio de Janeiro / RJ - Sugestões e informações: (21) 2563-4213 / 4518 -

www.firjan.com.br.

Presidente: Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira; Presidente do Conselho

Empresarial de Meio Ambiente: Isaac Plachta; Diretor de Qualidade de Vida: Luiz Ernesto de Abreu Guerreiro; Coordenação Gerência de Meio Ambiente:

Luís Augusto Azevedo e Carolina Zoccoli; Assessoria de Imprensa: Lorena Storani – SÚMULA AMBIENTAL é uma publicação do SISTEMA FIRJAN editada

pela Insight Comunicação. Editor Geral: Coriolano Gatto; Editora Executiva: Kelly Nascimento; Redação: Carolina Zoccoli, Lídia Aguiar, Aline Soares e

Renato Paquet; Revisão: Geraldo Rodrigues Pereira e Paulo Barros; Projeto Gráfico: DPZ; Design e Diagramação: Marcelo Pires Santana; Produtor Gráfico:

Ruy Saraiva; Impressão: Arte Criação.

VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

VOLTADA À GESTÃO EMPRESARIAL

Luciana Alves

Assessora Técnica – GIZ

Luana Duarte

Analista Ambiental – Ministério do Meio Ambiente

Elisa Romano

Especialista em Política e Indústria – Confederação

Nacional da Indústria

Projeto TEEB Regional e Local

As empresas não são sistemas isolados e dependem

de uma série de recursos naturais para seus

processos produtivos. Sob essa

perspectiva, utilizar o capital natural

de forma eficiente é uma estratégia

necessária para a competitividade e

sustentabilidade corporativa.

O capital natural pode ser definido

como o estoque ou reserva provida

pela natureza, que gera um fluxo,

atual e futuro, de recursos ou

serviços que beneficiam os indivíduos

e as instituições. Esses serviços

providos pelos ecossistemas –

usualmente denominados “serviços

ecossistêmicos” – são essenciais para

a manutenção do bem-estar humano

e das atividades produtivas. São

exemplos: matéria-prima; provisão

de água; regulação climática; e

conservação de solos.

O reconhecimento das relações

de dependência e impacto dos negócios com a

biodiversidade e os serviços ecossistêmicos permite

que as organizações possam prever a necessidade

de inovação em processos, recursos e gestão. Uma

das formas de se fazer isso é atribuindo-se um valor

monetário aos serviços ecossistêmicos. Para tanto,

ferramentas e metodologias que se propõem a

“decifrar” os valores tangíveis e intangíveis da natureza

em termos monetários têm sido desenvolvidas com o

objetivo de orientar decisões públicas e empresariais.

Em um modelo tradicional de negócios, que não

considera o capital natural nas instalações e processos

produtivos, as perdas para o sistema econômico e o

bem-estar humano não se refletem na contabilidade

das organizações. Levar em conta, em análises

financeiras e de investimentos, os custos e benefícios

dos serviços ecossistêmicos por meio da valoração

econômica contribui para a tomada de decisão e pode

evidenciar riscos para os negócios.

No nível da empresa, essa valoração

econômica, seja do ponto de

vista da dependência, seja das

externalidades ambientais, é uma

importante ferramenta para medir

desempenhos, estabelecer objetivos

diferenciados, otimizar processos e

monitorar mudanças operacionais.

Ademais, esse tipo de abordagem

será cada vez mais decisivo para

a sobrevivência em longo prazo

das organizações. Isso assegura

disponibilidade de insumos,

diversificação no portfólio de

produtos, cumprimento

de obrigações legais, acesso

a mercados e fidelização

de clientes.

Para o reconhecimento destas relações, a mensuração

e a construção de estratégias de gestão, algumas

iniciativas têm trabalhado no desenvolvimento

de métodos e ferramentas. O objetico é apoiar as

empresas na adoção da integração dos valores da

biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos na

tomada de decisão.

O capital natural

pode ser definido

como o estoque

ou reserva provida

pela natureza, que

gera um fluxo,

atual e futuro,

de recursos ou

serviços que

beneficiam os

indivíduos e as

instituições