SISTEMA FIRJAN
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SÚMULA AMBIENTAL | SETEMBRO DE 2015
CAPA
C
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Luís Augusto Azevedo e Carolina Zoccoli; Assessoria de Imprensa: Lorena Storani – SÚMULA AMBIENTAL é uma publicação do SISTEMA FIRJAN editada
pela Insight Comunicação. Editor Geral: Coriolano Gatto; Editora Executiva: Kelly Nascimento; Redação: Carolina Zoccoli, Lídia Aguiar, Aline Soares e
Renato Paquet; Revisão: Geraldo Rodrigues Pereira e Paulo Barros; Projeto Gráfico: DPZ; Design e Diagramação: Marcelo Pires Santana; Produtor Gráfico:
Ruy Saraiva; Impressão: Arte Criação.
VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL
VOLTADA À GESTÃO EMPRESARIAL
Luciana Alves
Assessora Técnica – GIZ
Luana Duarte
Analista Ambiental – Ministério do Meio Ambiente
Elisa Romano
Especialista em Política e Indústria – Confederação
Nacional da Indústria
Projeto TEEB Regional e Local
As empresas não são sistemas isolados e dependem
de uma série de recursos naturais para seus
processos produtivos. Sob essa
perspectiva, utilizar o capital natural
de forma eficiente é uma estratégia
necessária para a competitividade e
sustentabilidade corporativa.
O capital natural pode ser definido
como o estoque ou reserva provida
pela natureza, que gera um fluxo,
atual e futuro, de recursos ou
serviços que beneficiam os indivíduos
e as instituições. Esses serviços
providos pelos ecossistemas –
usualmente denominados “serviços
ecossistêmicos” – são essenciais para
a manutenção do bem-estar humano
e das atividades produtivas. São
exemplos: matéria-prima; provisão
de água; regulação climática; e
conservação de solos.
O reconhecimento das relações
de dependência e impacto dos negócios com a
biodiversidade e os serviços ecossistêmicos permite
que as organizações possam prever a necessidade
de inovação em processos, recursos e gestão. Uma
das formas de se fazer isso é atribuindo-se um valor
monetário aos serviços ecossistêmicos. Para tanto,
ferramentas e metodologias que se propõem a
“decifrar” os valores tangíveis e intangíveis da natureza
em termos monetários têm sido desenvolvidas com o
objetivo de orientar decisões públicas e empresariais.
Em um modelo tradicional de negócios, que não
considera o capital natural nas instalações e processos
produtivos, as perdas para o sistema econômico e o
bem-estar humano não se refletem na contabilidade
das organizações. Levar em conta, em análises
financeiras e de investimentos, os custos e benefícios
dos serviços ecossistêmicos por meio da valoração
econômica contribui para a tomada de decisão e pode
evidenciar riscos para os negócios.
No nível da empresa, essa valoração
econômica, seja do ponto de
vista da dependência, seja das
externalidades ambientais, é uma
importante ferramenta para medir
desempenhos, estabelecer objetivos
diferenciados, otimizar processos e
monitorar mudanças operacionais.
Ademais, esse tipo de abordagem
será cada vez mais decisivo para
a sobrevivência em longo prazo
das organizações. Isso assegura
disponibilidade de insumos,
diversificação no portfólio de
produtos, cumprimento
de obrigações legais, acesso
a mercados e fidelização
de clientes.
Para o reconhecimento destas relações, a mensuração
e a construção de estratégias de gestão, algumas
iniciativas têm trabalhado no desenvolvimento
de métodos e ferramentas. O objetico é apoiar as
empresas na adoção da integração dos valores da
biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos na
tomada de decisão.
O capital natural
pode ser definido
como o estoque
ou reserva provida
pela natureza, que
gera um fluxo,
atual e futuro,
de recursos ou
serviços que
beneficiam os
indivíduos e as
instituições