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SISTEMA FIRJAN

PÁG. 4

SÚMULA AMBIENTAL | SETEMBRO DE 2015

CURTAS

C

INDÚSTRIA DEBATE

MUDANÇA DO CLIMA

Considerando o destaque mundial

dado às mudanças climáticas neste

ano, devido ao novo acordo que

deverá ser firmado na 21ª Conferência

das Partes (COP-21), a Confederação

Nacional da Indústria dedicou a esse

tema a 4ª edição do evento CNI

Sustentabilidade, no dia 3 de setembro.

Realizado no Rio de Janeiro, o encontro

debateu os desafios que a indústria

deve enfrentar na transição para um

modelo de desenvolvimento atento às

mudanças climáticas e à construção de

estratégias de negócio que garantam

competitividade.

Durante a abertura, Isaac Plachta,

presidente do Conselho de Meio

Ambiente da FIRJAN, lembrou que,

apesar de a indústria brasileira destacar sua pequena

participação nas emissões globais, tem muito a

contribuir no caminho mundial rumo a uma economia

menos intensiva em carbono. “É importante que

contemos com políticas públicas que promovam a

adoção de soluções de baixo carbono na indústria,

preservando sua competitividade, bem como incentivos

que permitam utilizar combustíveis e fontes energéticas

menos emissoras”, destacou. Segundo Plachta, o

governo está alinhado com a indústria: “Estamos

certos que os esforços de mitigação já realizados

serão reconhecidos”.

No painel sobre Estratégias Internacionais, o

chefe de Comunicação e Promoção da Divisão

de Desenvolvimento Sustentável da ONU, Nikhil

Chandavarkar, explicou que os negociadores estão

otimistas de que o novo acordo será firmado neste

ano. O clima político dos maiores países com relação

às mudanças climáticas mudou. Além disso, a ciência

não deixa dúvida quanto às mudanças climáticas,

a mobilização civil é inédita e já contamos com

mecanismos que, enquanto inexistentes, influenciaram o

não firmamento do acordo, como o Fundo Global para

o Meio Ambiente (Global Environment Facility – GEF) e o

mecanismo de acompanhamento da ONU.

O subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia,

Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações

Exteriores, José Marcondes de Carvalho, afirmou que o

novo acordo deverá influir na maneira como a economia

em geral é gerida e como os negócios serão realizados.

Portanto, a indústria brasileira deve ter essa percepção

para continuar contribuindo para o desenvolvimento do

Brasil, gerando empregos e bem-estar da população.

AÇÕES EMPRESARIAIS

A CNI aproveitou a ocasião para lançar o estudo

“Estratégias Corporativas de Baixo Carbono”. Das 100

empresas de médio e grande portes participantes,

que representam 15 setores industriais, dois terços já

adotaram ações que resultaram na queda das emissões

de gases de efeito estufa.

Seis em cada dez empresas qualificam seu grau de

atenção às mudanças climáticas como médio ou

alto, além de considerarem a implantação de práticas

ambientalmente sustentáveis uma oportunidade de

negócios. O estudo mostrou que 75% das empresas

brasileiras passaram a se preocupar mais com os efeitos

das mudanças climáticas nos últimos cinco anos devido,

principalmente, à maior conscientização (46,7%) e à

pressão global (18,7%).

Estima-se um aumento no volume de recursos

destinados à área ambiental no próximo biênio,

que é tendência para cerca de 60% dos entrevistados.

No entanto, alguns desafios para o investimento

em sustentabilidade foram apontados: a falta de

incentivos governamentais (56%); o aumento de

custos para a empresa (39%); e os entraves legislativos

(25%). O estudo pode ser acessado na íntegra em

www.portaldaindustria.com.br.

Divulgação

Isaac Plachta apresentou o ponto de vista da indústria fluminense no evento