5 A 18 DE JUNHO | CARTA DA INDÚSTRIA
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A relação entre saúde do trabalhador
e competitividade foi tema do
Fórum SESI Qualidade de Vida para a
Produtividade da Indústria, realizado
pelo Sistema FIRJAN. “Investir em
programas voltados para a qualidade
de vida dos funcionários é uma
questão estratégica. A saúde é hoje
a maior fonte de vantagem
competitiva não utilizada pelas
empresas”, declarou Alexandre
dos Reis, superintendente do SESI
e diretor regional do SENAI, na
cerimônia de abertura.
Andrew Rzepa, consultor sênior
do instituto Gallup, apresentou
um levantamento realizado pela
consultoria, que aponta para
um dado alarmante: apenas 17%
dos trabalhadores de todo o
mundo consideram ter um bom
desempenho em três ou mais
fatores relacionados ao bem-
estar. “São eles: propósito de vida;
equilíbrio financeiro, apoio e energia
positiva nos relacionamentos sociais;
gostar do local e do ambiente onde
mora; e ter boa saúde e energia
para fazer as coisas diariamente. Um
dos principais aspectos afetados
com isso é o nível de engajamento
dos colaboradores”, afirmou.
O palestrante ressaltou o bom
desempenho do Brasil, que ocupa a
4ª colocação no
ranking
mundial do
Gallup, alcançando pelo menos três
elementos de bem-estar.
De acordo com Robert Karch,
da American University, investir
em qualidade de vida é um bom
negócio para a indústria: “Nos
Estados Unidos, as corporações
têm retorno de um dólar e setenta
centavos para cada dólar investido
na saúde dos colaboradoress”. Karch
defendeu que, para promover o
bem-estar, no entanto, é preciso ir
além dos métodos preventivos. “Os
empregadores têm de pensar em
SESI PROMOVE FÓRUM SOBRE
QUALIDADE DE VIDA E PRODUTIVIDADE
ações propositivas. É preciso
criar uma cultura da saúde
e proporcionar ambientes
saudáveis”, disse.
Barry Hall, membro da Buck
Consultants e responsável pelos
projetos de pesquisa e inovação
da Xerox, informou que, entre os
componentes que mais crescem
no bem-estar, destacam-se: a
telemedicina, os programas de
vida saudável no local de trabalho,
e os aplicativos para autogestão
da saúde.
Andrew Rzepa apresentou levantamento do Gallup sobre bem-estar do trabalhador
Fabiano Veneza
Para Geraldo Assis Cardoso,
coordenador de Medicina do Trabalho
da Companhia Siderúrgica Nacional
(CSN), o Fórum permitiu conhecer
métodos para aprimorar seu trabalho:
“Já desenvolvemos ações pontuais,
como tratamento de colaboradores
obesos, projetos de ergonomia, entre
outros. Nossa meta é implantar um
grande projeto de qualidade de vida”.
eSOCIAL EM FOCO
Outro destaque do evento foi a
mesa-redonda sobre o eSocial,
sistema de unificação das informações
emitidas pelos empregadores sobre
seus funcionários, elaborado pelo
governo federal. Participaram José
Alberto Maia, auditor fiscal do
Trabalho, José Luiz Pedro de Barros,
gerente de Segurança do Trabalho da
FIRJAN, e Rafael Ernesto Kieckbusch,
analista de Políticas e Indústria da
Confederação Nacional da Indústria
(CNI), que esclareceram os principais
impactos e adequações.
O evento, realizado em 21 de
maio, fez parte da programação do
Dia da Indústria.
“Nos Estados Unidos, as
corporações têm retorno
de um dólar e setenta
centavos para cada dólar
investido na saúde dos
colaboradores”
Robert Karsh
Professor da American University