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PÁG. 8

20 A 26 DE NOVEMBRO | CARTA DA INDÚSTRIA

GOVERNO HOLANDÊS DISCUTE ECONOMIA

CIRCULAR EM SEMINÁRIO COM EMPRESÁRIOS

O Seminário Rio & Holanda:

Economia Circular e Soluções

Sustentáveis para Cidades reuniu

representantes do governo

holandês e empresários para

debater boas experiências nesses

temas. Promovido pelo Sistema

FIRJAN e o Consulado Geral

da Holanda no Rio de Janeiro,

o evento teve como objetivo

aproximar empresas fluminenses

e holandesas para soluções

ambientais inovadoras.

Carel Richter, diretor de Relações

Econômicas do Ministério de

Relações Exteriores da Holanda,

destacou como o país pode

contribuir com a sustentabilidade

no Brasil. “Temos tecnologias

amplamente utilizadas no

exterior. Isso inspira confiança

nos produtos que oferecemos.

Além disso, nos preocupamos

em fomentar uma cultura de

negócios”, disse.

Entre as políticas do governo

holandês para incentivar o uso

consciente de recursos está

a criação de um Conselho

de Gestão de Resíduos.

“Conseguimos engajar estados,

municípios e indústrias. Em

pouco tempo passamos a ter os

melhores índices da Europa nessa

área”, afirmou Herman Huisman,

representante do Ministério de

Infraestrutura e Meio Ambiente

da Holanda.

O evento contou com um painel

no qual empresas holandesas

apresentaram os serviços que

oferecem para limpeza de gases

industriais, preservação do solo e

reúso da água e resíduos. “A luta

pela sustentabilidade será vencida

nas cidades. Então temos que nos

antecipar aos desafios”, declarou

Freek van Ejik, presidente da

Acceleratio, empresa especializada

em economia circular. Alguns

dos projetos elaborados pelas

companhias envolvem a criação

artificial de bactérias que

recuperam o solo e estações para

controle de inundações.

OPORTUNIDADES

A programação também incluiu

um debate sobre as oportunidades

na área de economia circular no

Brasil, em que foram discutidos

cases

de sucesso de organizações

públicas e privadas. Rodolfo

Guerra, diretor de Operações da

Odebrecht Ambiental, falou sobre

a criação do Aquapolo. Formulado

em convênio com a Companhia

de Saneamento Básico do Estado

de São Paulo (Sabesp), o projeto

é a maior planta de reúso de água

da América do Sul. “Tratamos

o esgoto para fornecer água

Herman Huisman apresentou as políticas holandesas para otimizar o uso de recursos

para uso industrial. Nossa ideia é

implementar esse processo

no polo petroquímico do Rio”,

revelou Guerra.

As boas práticas do setor público

foram abordadas pela Companhia

Municipal de Limpeza Urbana

(Comlurb). A empresa desenvolve

projetos como a produção

de compostos orgânicos para

reflorestamento das matas

fluminenses e recuperação de

biogás para geração de energia.

No painel também foram

apresentadas as soluções

tecnológicas do SENAI para a

melhoria dos processos industriais.

“É de grande importância

propor esse debate sobre temas

sustentáveis para as cidades”,

afirmou Amaury Temporal,

diretor do Centro Internacional

de Negócios (CIN) da FIRJAN.

O evento aconteceu em 12 de

novembro, na sede da Federação.

Antonio Batalha

G

GERAL