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PÁG. 7

14 A 27 DE NOVEMBRO DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA

causar o esvaziamento econômico

do estado do Rio. Entre elas,

está a recente aprovação da lei

que condiciona a concessão ou

renovação dos incentivos fiscais, nos

próximos dois anos, à aprovação da

Assembleia Legislativa do Estado do

Rio de Janeiro (Alerj). Para a FIRJAN,

tal determinação resultará na perda

da agilidade necessária à política de

incentivos fiscais, desestimulando

novos investimentos.

Outra decisão que impacta

diretamente o setor produtivo é a

liminar concedida pela Justiça do Rio

ao Ministério Público (MP), proibindo

o governo do estado de conceder,

ampliar ou renovar benefícios fiscais

ou financeiros até a apresentação, em

60 dias, de um estudo do impacto

orçamentário financeiro de todos os

incentivos fiscais. O Sistema FIRJAN

defende que as irregularidades

alegadas pelo MP sejam tratadas

caso a caso, e que não sirvam de

pretexto para a proibição da política

de incentivos fiscais.

“É importante deixar claro que não

é a retirada de incentivos fiscais

que vai promover a retomada do

crescimento. O estado vive um

momento difícil, com mais de dez

mil empresas fechando este ano e

milhares de empregos perdidos”,

alertou Eduardo Eugenio.

Em defesa da política de incentivos

fiscais, a FIRJAN apresentou pedido

para atuar como

Amicus Curiae

(espécie de colaborador) na ação do

Ministério Público, oferecendo estudos

e informações que comprovem os

benefícios gerados pelos incentivos

fiscais e o prejuízo que o estado do

Rio terá com a proibição de forma

isolada, em um cenário de guerra

fiscal entre os estados.

Outra medida que impacta

diretamente a competitividade

industrial é a lei que determina o

recolhimento de 10% dos incentivos

fiscais para depósito no Fundo

Estadual de Equilíbrio Fiscal. O decreto

que regulamenta esse recolhimento,

foi publicado no Diário Oficial em 4

de novembro

(leia mais na página 8)

.

A FIRJAN alerta que o estado do

Rio já conta com a maior alíquota

de Imposto sobre Circulação de

Mercadorias e Serviços (ICMS)

de energia elétrica e gasolina e a

terceira maior de telecomunicações.

Diante disso, mesmo sendo a

segunda maior economia entre os

estados brasileiros, o Rio de Janeiro

ocupa a oitava posição no Ranking

de Competitividade dos Estados,

perdendo para todos do Sul e Sudeste.

Aumentar ainda mais as alíquotas e

proibir os incentivos fiscais podem

resultar em agravamento da situação

para as indústrias, aumento do

desemprego e, inclusive, queda na

arrecadação. Tal cenário expõe o

estado do Rio a um novo ciclo de

esvaziamento econômico, com

a fuga das empresas para outros

estados. A FIRJAN segue defendendo

que o equilíbrio das contas públicas

passa, necessariamente, pela

redução das despesas e não pelo

aumento de impostos.

Benefícios obtidos com os incentivos fiscais

no estado do Rio

51

R$ 596 MILHÕES

R$1,2 BI

depois

MUNICÍPIOS

BENEFICIADOS

23%

CREsCIMENTO DA

ARRECADAÇÃO DE ICMS

R$ 633 MILHÕES

INCREMENTO NA ARRECADAÇÃO DO ESTADO

100 MIL

NOVOS POSTOS

DE TRABALHO CRIADOS

Fonte: Sistema FIRJAN. Acesse o estudo em

http://tinyurl.com/jjn94f2

antes

ARRECADAÇÃO

de icms entre

2008 e 2013

106%

aumento de