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20 DE FEVEREIRO A 5 DE MARÇO DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA
Nacional de Combate ao
Furto e Roubo de Veículos e
Cargas, melhorando a integração
entre as forças de segurança.
Roberto Leverone, presidente
da Representação Regional na
Baixada Fluminense II, destaca
que a segurança é cada vez mais
importante para a indústria. O
empresário também já vivenciou
o problema de ter mercadorias
roubadas, tendo perdido o
equivalente a R$ 250 mil em
produtos na última ocorrência, em
2016. “Em virtude desse assalto, a
companhia de seguro se recusou
a renovar o contrato conosco.
Hoje nossa entrega é feita com
transporte terceirizado, o que
aumenta muito nossos custos”,
explicou Leverone, que é sócio da
Floc Indústria e Comércio.
PUNIR TODOS OS ELOS
Riley Rodrigues, gerente de
Estudos de Infraestrutura da
FIRJAN, ressalta que a solução para
esses crimes está em uma atuação
policial mais efetiva nas estradas,
bem como em punições mais
rigorosas em todos os
elos da cadeia do roubo de
cargas. “Um ponto que precisa
ser combatido de forma
mais intensa é a receptação,
armazenamento e venda de
produtos roubados. A falta de
punição adequada perpetua
a atuação de receptadores já
identificados. Alguns estados
têm legislação mais severa
contra a receptação de mercadorias
roubadas, prevendo que os
estabelecimentos flagrados
tenham a inscrição no cadastro
de contribuinte do ICMS cassada,
de forma a inviabilizar seu
funcionamento”, afirmou.
Segundo ele, no estado do Rio
há projetos de lei em tramitação
para aumentar a punição à
receptação ilegal das mercadorias.
“Estas medidas reduziriam o espaço
de atuação de receptadores
e teriam forte impacto no roubo
de cargas”, concluiu.
O assunto foi debatido em evento
na RR Baixada Fluminense II, e no
Conselho Empresarial de
Segurança da FIRJAN, em 7 e 16
de fevereiro, respectivamente. O
estudo “O impacto econômico do
roubo de cargas no estado do Rio
de Janeiro” pode ser acessado em
www.firjan.com.br/publicacoes.CONHEÇA algumas dAS PROPOSTAS DA FIRJAN
Aumentar o efetivo e
melhorar a estrutura
das polícias Militar e
Rodoviária Federal.
Adotar o modelo de Dação
em Pagamento,
para
equipamentos, materiais e
serviços das forças policiais.
Permitir que verbas de
Termos de Ajustamento de
Conduta
sejam utilizados para
equipar as forças policiais.
Aumentar a punição aos
crimes de receptação
,
armazenamento e venda de
produtos roubados.
Incentivar a atuação direta
da Polícia Federal
no
combate às organizações
criminosas que utilizam o
roubo de cargas para financiar
o tráfico de drogas e armas.
Criminalizar a
comercialização e
o uso
do
jammer
, um
Bloqueador de Sinal de
Radiocomunicações cujo
uso é autorizado apenas
em presídios.
Fazer funcionar
adequadamente os postos
de fiscalização rodoviária,
como postos da PRF,
barreiras fiscais e balanças,
em especial nas principais
fronteiras estaduais.
Aumentar a segurança
nas
fronteiras para combater o
tráfico de drogas e armas.
Implementar a Política
Nacional
de Combate ao
Furto e Roubo de Veículos
e Cargas, de modo a
melhorar a integração entre
as forças de segurança.