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20 DE MARÇO A 2 DE ABRIL DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA

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7,7%

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3,9%

3,2%

3,0%

0,6%

brasil

rj

mg

pr

sc

rs

go

Com cerca de 15 mil pequenos

produtores e 102 indústrias, o estado

do Rio tem na cadeia do leite um

dos segmentos com maior potencial

de incremento nos próximos

anos. Um dos dados que revela

as oportunidades de expansão do

setor é a diferença entre o mercado

consumidor fluminense e sua

capacidade produtiva. A produção

local supre apenas um quarto da

demanda interna, equivalente a mais

de 2,8 bilhões de litros por ano,

segundo o “Diagnóstico da Cadeia

Láctea no Estado do Rio de Janeiro”.

Uma das indústrias que se instalou

no estado em função do elevado

consumo é a Laticínios Marília. A

empresa se transferiu de Minas Gerais

para o município de Itaperuna por ter

70% dos consumidores em território

fluminense, mas tem encontrado

dificuldades na aquisição da matéria-

prima no estado. “Temos pouca

oferta de leite, e eventualmente,

para viabilizar nossa planta, temos

que importá-lo de outros estados, o

que aumenta os custos e encarece

o produto”, explicou Olavo Hosken,

sócio da companhia.

INCENTIVO

Hosken aponta a manutenção dos

incentivos fiscais, que possibilitaram

a vinda da empresa para o Noroeste

DIAGNÓSTICO DA CADEIA DO LEITE IDENTIFICA OPORTUNIDADES

E GARGALOS ENFRENTADOS POR EMPRESAS NO ESTADO DO RIO

fluminense, assim como o

investimento na produção primária,

como aspectos primordiais para

o desenvolvimento do setor. De

acordo com o diagnóstico da cadeia

láctea, uma das causas do déficit

de produção é o fato de muitas

das empresas de lácteos não terem

tecnologia e técnicas avançadas de

produção. Esta constatação, aliada

ao tamanho e poder aquisitivo

do mercado consumidor, reforça

a oportunidade para investir em

produtos diferenciados –

premium

.

Para Antonio Carlos Celles,

presidente do Sindicato da Indústria

de Laticínios e Produtos Derivados

do Rio de Janeiro (Sindlat), o

fomento ao setor movimentaria toda

a economia do estado do Rio. “Se

atendermos 50% do nosso mercado,

chegaremos a R$ 3 bilhões de valor

bruto da produção por ano. É uma

atividade que pode gerar emprego e

renda de forma distribuída por todo

o interior fluminense”, afirmou.

Patrocinado pelo Sistema FIRJAN

e o Sindlat, o diagnóstico aponta

soluções para aumentar a

capacidade produtiva que passam

pelo desenvolvimento de um

planejamento estratégico, além da

continuidade de incentivos fiscais.

“Se tivermos boa capacidade de

produção, o preço final para o

consumidor será competitivo.

Isso traz várias oportunidades

para ampliação de mercado para

empresas fluminenses”, afirmou

Antonio Tavares, gerente setorial de

Alimentos e Bebidas da Federação.

O documento foi apresentado

na reunião de abertura do Fórum

Empresarial da Cadeia Produtiva de

Alimentos e Bebidas da FIRJAN, em

14 de março.

crescimento médio anual (%) da produção DO leite

no BRASIL E principais ESTADOS

S

SINDICATOS

E SETORES

Fonte: MilkPoint Inteligência