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INOVA | JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/ABRIL DE 2015
CASE DE
INOVAÇÃO
C
LÍDER EM SEU SEGMENTO,
FCC INOVA COM RECURSOS PRÓPRIOS
A Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC
SA), que tem como sócios a Petrobras e
a empresa norte-americana Albemarle,
mantém um processo contínuo de
inovação desenvolvido por uma equipe
altamente qualificada. Nos últimos três
anos, a empresa lançou no mercado
três novas opções tecnológicas e
realizou uma centena de inovações
incrementais. Todos esses projetos
ocorreram com recursos próprios.
Alcir Camargo, gerente de Tecnologia,
diz que, nos 30 anos de existência
da empresa, a FCC captou recursos
externamente apenas em três
momentos, para implantação de
projetos de grande monta. De início,
40% dos investimentos necessários
para a fundação da fábrica vieram do
International Finance Corporation
(IFC), do Banco Mundial. Depois, em duas ocasiões, a
empresa acessou recursos da companhia financeira
de desenvolvimento da Holanda (The Netherlands
Development Finance Company – FMO), que ofereceu
condições mais atrativas do que as instituições de
fomento nacionais. Na primeira vez,
em 1998, a FCC desejava aumentar
sua capacidade produtiva, e em 2005
o recurso era voltado para inovação,
visando a uma nova rota tecnológica
de catalisadores.
Líder sul-americana em seu
segmento, a FCC foi a primeira
empresa na América Latina a produzir
catalisadores para craqueamento
catalítico de petróleo, uma inovação
sem precedentes à época para o
Brasil. Desde então, explica Camargo,
muitos projetos inovadores foram
desenvolvidos nos próprios centros
de pesquisa das duas empresas
controladoras. Além disso, a
companhia utiliza o SENAI Rio para testes de
proficiência laboratoriais em alguns parâmetros de
controle de processo.
MELHORIAS NAS POLÍTICAS DO BRASIL
Camargo relata que a empresa realizou duas tentativas
Divulgação
de acesso às instituições de fomento nacionais,
mas não obteve sucesso. Ele acredita que as formas
de acesso às instituições de fomento precisam
de melhorias. “Em 2013 chegamos até a agência
de fomento mais por conhecimentos do corpo
técnico da empresa do que por
publicidade ou fácil acesso.
Esse é um ponto que pode ser
melhorado. Parece que quem
mais necessita menos entende
como funciona o mecanismo
de acesso aos recursos para a
inovação”, observa.
De acordo com Camargo,
outro aspecto que pode ser
melhorado são as exigências
e garantias contratuais.
“Compreendemos que a
instituição que vai dispor o
recurso financeiro deve ter
um mínimo de garantias,
mas há um ponto de equilíbrio
que entendemos ser possível para adequar
garantias financeiras e o risco tecnológico ou
de inovação. Nossa empresa tem todas as
possibilidades de atender – e atendeu – às
exigências. E empresas menores, sem lastro
equivalente ao nosso?”, questiona.
“Parece que quem
mais necessita
menos entende
como funciona
o mecanismo de
acesso aos recursos
para a inovação”
Alcir Camargo
Gerente de Tecnologia
FCC SA: projetos inovadores com recursos próprios