Background Image
Previous Page  7 / 12 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 7 / 12 Next Page
Page Background

SISTEMA FIRJAN

PÁG. 7

INOVA | JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/ABRIL DE 2015

“Trata-se de uma mudança de paradigma na Finep,

ter foco mais na empresa e não especificamente

no projeto. Além disso, estamos esperançosos de

que empresas de menor porte, que têm problemas

de garantias, possam usar aval pessoal nessa linha”,

explica Marcelo Camargo, gerente do Departamento

de Produtos Financeiros Descentralizados da Finep.

No estado do Rio, o agente credenciado para

operar o novo produto é a AgeRio. Claudio Moraes,

superintendente de Participações, Parcerias e Produtos,

informa que a agência está se preparando para iniciar

as operações em breve. “A ideia é que o desembolso

seja rápido. Estamos buscando otimizar fluxos

internos que permitam um processo de concessão

inferior a 30 dias”, diz.

O teto máximo por operação é mais baixo, de R$ 150

mil, já que a linha está voltada

para inovações incrementais,

como melhorias de processo,

licenciamento de tecnologia

e compra de equipamento

nacional ou importado.

Será possível ainda trabalhar

com fundos garantidores do

Sebrae ou do Banco do Brasil,

acrescenta ele. As condições

são um pouco mais caras do

que o Inovacred tradicional,

mas Moraes calcula uma taxa

de 8,5% ao ano, bastante

atraente, considerando a

previsão de inflação de 7%.

O Inovacred tradicional, por

sua vez, destina-se a projetos

mais consistentes, de maior

impacto para as empresas.

“As condições são melhores,

mas tem um rito mais extenso. São mais voltadas para

projetos que podem mudar a cara da empresa; no

outro produto estamos falando de pequenas inovações

incrementais que poderão ser financiadas, o que era

uma demanda das empresas”, acrescenta Moraes, que

opera as duas linhas.

A Finep prepara diversas ações para impulsionar o

Inovacred tradicional. Este ano, aumentará o foco nas

empresas com faturamento até R$ 16 milhões, porque

os recursos virão, sobretudo, do Fundo de Amparo

ao Trabalhador (FAT). Segundo Camargo, a instituição

pretende disponibilizar mais R$ 400 milhões, ante

R$ 160 milhões efetivamente contratados no ano

passado, dos quais R$ 24 milhões pela AgeRio, o

que lhe garantiu a terceira posição entre os agentes

de todo o país – atrás do Banco Regional de

Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), com R$ 55,5

milhões; e do Banco de Desenvolvimento de Minas

Gerais (BDMG), com R$ 24,2 milhões.

Nesse programa, cada agente financeiro tem à

disposição um total de R$ 80 milhões, inclusive a

AgeRio, valor que poderá ser aumentado assim que

a meta for alcançada. Somente nos dois primeiros

meses do ano foram contratados mais R$ 40 milhões

em todo o país. Segundo Moraes, a agência fluminense

fechou 20 contratos com empresas de todos os portes

permitidos pelo programa, micro, pequenas e médias.

O Inovacred trabalha com TJLP, com acréscimo de 1%

de

spread

apenas para as companhias de médio porte.

Os limites aumentaram de R$

2 milhões para R$ 3 milhões

para as micro e pequenas; e

para R$ 10 milhões para as

empresas de médio porte.

Para impulsionar o

programa, a Finep

desenvolverá diversas ações

este ano com outros atores,

como o Sistema FIRJAN,

o Sebrae e fundações

de amparo à pesquisa,

para promover um plano

de trabalho sinérgico.

Outra ação reunirá as

grandes empresas e seus

fornecedores de pequeno e

médio portes, para identificar

as demandas futuras,

de modo a estimular as

empresas de menor porte

a tomar crédito com a Finep. “Para as empresas do

estado do Rio, vamos fazer a rodada de encontros

e oficinas sobre o Inovacred ao longo do primeiro

semestre”, informa Camargo.

A Finep decidiu ainda aumentar a divulgação do

Inovacred em feiras e congressos, para tornar o

programa mais conhecido; e está trabalhando para

inseri-lo no Fundo Garantidor para Investimentos (FGI)

do BNDES. “Um grande gargalo do crédito à inovação

para as empresas até médio porte é a questão das

garantias. Estamos sistemicamente pensando em

como resolver essa questão”, diz Camargo.

“Um grande gargalo

do crédito à inovação

para as empresas até

médio porte é a questão

das garantias. Estamos

sistemicamente

pensando em como

resolver essa questão”

Marcelo Camargo

Gerente do Departamento de

Produtos Financeiros Descentralizados

da Finep