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PÁG. 6

INOVA | JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/ABRIL DE 2015

MATÉRIA

DE CAPA

C

INSTITUIÇÕES DE FOMENTO PLANEJAM

MANTER PATAMAR DE APOIO À INOVAÇÃO ESTE ANO

O fomento à inovação no Brasil não sofrerá

redução em 2015, pelo menos no que diz respeito

à oferta de crédito. A Agência Estadual de Fomento

(AgeRio), BNDES, Finep, Sebrae e Faperj esperam

ampliar ou manter o volume negociado no ano

passado em suas linhas destinadas à inovação. As

instituições partem do princípio de que, em ano de

contração econômica, investir em novos projetos

ou em melhorias incrementais pode ser ainda mais

importante para as empresas.

BNDES MANTÉM NÍVEL DE CONTRATAÇÃO

Maior instituição de desenvolvimento do país, o

BNDES deverá registrar queda em seu orçamento

geral para 2015, mas não no apoio à inovação.

“Vamos fazer um esforço para manter o nível

de contratação e desembolso”, afirma Luciana

Capanema, gerente de Inovação do banco. No

ano passado, as linhas desse segmento, que têm o

BNDES Inovação como principal produto, somaram

desembolso de R$ 6 bilhões, 14% a mais do que em

2013, dos quais R$ 528,2 milhões em 35 operações

no estado do Rio, até novembro.

Para este ano, o BNDES fez uma revisão geral

de suas políticas operacionais e reduziu o limite

máximo de participação dos recursos do banco

de 90% para 70%, válido também nos projetos

de inovação. Será possível chegar aos 90%, mas

essa diferença não poderá ser contratada pela Taxa

de Juros de Longo Prazo (TJLP), e sim por alguma

moeda de mercado. O BNDES Inovação destina-se

a projetos a partir de R$ 1 milhão, com possibilidade

de flexibilização de garantias para micro, pequenas

e médias empresas (MPMEs) em projetos de até

R$ 10 milhões.

Além disso, não há sinalização de lançamento de

uma nova rodada no âmbito do Inova Empresa,

ação realizada entre 2013 e 2014 que hoje está com

os projetos sendo contratados. Por outro lado, no

ano passado foi lançada uma nova linha destinada

às micros, pequenas e médias empresas, a MPME

Inovadora, para contratos de até R$ 20 milhões. O

novo produto tenta facilitar o acesso ao crédito,

trazendo um conjunto de critérios objetivos de

enquadramento. Para a empresa se qualificar, basta

atender a qualquer um deles, como ter depositado

patente nos últimos dois anos, estar localizada em

parque tecnológico, ter acessado o edital SENAI SESI de

Inovação ou os programas Sebraetec e Sibratec.

“Esse produto traz um olhar simplificado para facilitar

os agentes. O programa está fazendo um ano, e já

temos 66 empresas com R$ 115,6 milhões aprovados.

Interessante porque era um segmento que tínhamos

mais dificuldade de apoiar”, ressalta Luciana.

FINEP E AGERIO: CRÉDITO EXPRESSO

Com relação às linhas para micro e pequenas empresas,

as perspectivas do mercado são ainda melhores, porque

há novidades também na Finep. A instituição lançou o

Inovacred Expresso no início do ano, um produto que

oferece mais agilidade e flexibilidade na aplicação

do recurso – não precisa apresentar projeto, como é

exigido no Inovacred tradicional – e traz critérios mais

objetivos de enquadramento, a exemplo do MPME

Inovadora do BNDES.

Oferta de crédito para inovação não deve diminuir em 2015

Banco de Imagens/iStock