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SISTEMA FIRJAN

PÁG. 11

INOVA SETEMBRO/OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2015

Encerramos o primeiro ciclo e estamos com novo edital

na rua (prazo de envio de propostas até 22 de outubro).

Buscamos desenvolver programas de start-ups em outras

áreas, como biotecnologia e na economia criativa, para

diversificar as áreas.

I

Como o senhor define o papel do governo do estado

no que diz respeito à inovação?

GT

Precisamos, primeiro, não atrapalhar. A inovação

exige uma velocidade que às vezes a burocracia do

estado como um todo não ajuda. Se não atrapalharmos,

já ajudaremos muito. Estamos sempre procurando

ferramentas para diminuir a burocracia para abertura

de empresas, para geração desses negócios e colocando

recursos de incentivo fazendo girar a hélice tripla que

faz a inovação acontecer: academia, setor produtivo

e governo.

I

Em relação aos anos anteriores, há menos recursos

este ano para inovação.

GT

Em relação ao Programa Start-up Rio, o recurso

está garantido, como todo o orçamento da Faperj,

que tem a garantia constitucional de 2% da receita

corrente líquida do estado. Isso nos dá uma tranquilidade

de que vamos ter os recursos necessários. Claro que

fica vinculado ao comportamento da arrecadação do

estado. Então trabalhamos com orçamento enxuto,

austero, mas garantindo os programas em andamento

e o incremento em outros previstos para este ano. O

governador já garantiu que não proporá em momento

algum qualquer alteração nesse repasse, que é garantido

pela Constituição estadual.

I

Considerando o contexto geral das instituições de

fomento, poucos editais têm sido lançados este ano.

GT

O corte maior tem sido feito em nível federal.

Nossos editais-padrão têm sido lançados normalmente.

Como estamos nessa insegurança de como se

comportará a arrecadação do estado, que é o que

garante o orçamento da Faperj, procuramos ter

responsabilidade na hora de lançar novos editais. Não

estamos ousando muito.

I

Não teremos novas ações no curto prazo?

GT

Para o curto prazo, o cenário é este: fazer

integração, usar criatividade e dar prioridade ao que

possa dar retorno mais rápido para a economia. Para

o médio prazo, entendemos que o estado do Rio tem

uma vocação muito forte para inovação e o Estado

deve trabalhar como indutor desse movimento.

Estamos organizando o Sistema Fluminense de Parques

Tecnológicos, a fim de identificar algumas vocações. Um

exemplo muito claro é a vocação que tem um parque

tecnológico na região sul do estado, nas Agulhas

Negras, próximo a Resende, voltado para o setor

automotivo. O estado do Rio se tornará brevemente

o segundo polo de veículos automotores do país.

Temos universidades públicas e privadas no entorno

dessas empresas, contamos com o interesse das

companhias organizadas no

cluster

automotivo e

também das universidades.

I

O senhor acrescentaria outros setores da

economia que mereçam atenção especial?

GT

O estado já dá uma atenção especial ao

setor de óleo e gás, que é muito importante para a

economia fluminense. Temos um parque tecnológico

consolidado nessa área no Complexo do Fundão,

onde o governo do estado adquiriu novas áreas que

estão sendo cedidas para a instalação de mais centros

de pesquisa internacionais.

O setor de TI sempre teve vocação muito forte na

Região Serrana e, com a chegada do supercomputador

ao Laboratório Nacional de Computação Científica

(LNCC), em Petrópolis, e com a instalação de mais

universidades na região, temos um ambiente propício

para a consolidação de um parque tecnológico

ali. Digo para consolidação porque já tem muitas

iniciativas. Precisamos consolidar e organizar para um

modelo de parque tecnológico que possa gerar mais

riqueza para a região.

I

Como o senhor idealiza o estado do Rio no longo

prazo?

GT

Gostaria de ver o estado do Rio com

incubadoras, muitos espaços de trabalho

colaborativo, com integração cada vez maior do

meio acadêmico com o setor produtivo – isso é

algo que venho promovendo durante toda a minha

gestão na Secretaria. E que as nossas universidades

continuem evoluindo em qualidade para ter esse

ambiente de inovação.

I

Como o senhor vê o Sistema FIRJAN nesse

contexto?

GT

A FIRJAN é sempre uma grande parceira, ela

faz a conexão com as indústrias, que é fundamental

para o desenvolvimento da inovação no estado

do Rio. A Federação está conosco em diversos

programas da Secretaria, tem papel fundamental nesse

desenvolvimento, principalmente nos aconselhando

em qual caminho seguir. A própria organização do

Cluster Automotivo do Sul Fluminense demonstra

como ela tem colaborado nesse sentido. É uma

relação que tende sempre a se fortalecer.