Background Image
Previous Page  9 / 12 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 9 / 12 Next Page
Page Background

SISTEMA FIRJAN

PÁG. 9

INOVA SETEMBRO/OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2015

revivendo o momento

inicial da internet. Isso

cria oportunidades de

negócios, especialmente

para empreendedores, em

função da escala em um

mercado muito grande e

vasto”, argumenta Amri

Tarsis de Oliveira, gerente

regional de Soluções de

IoE e IoT da Cisco para

América Latina.

APLICAÇÃO NAS

INDÚSTRIAS

Cientes das facilidades e do

diferencial competitivo que

essa tecnologia representa

para os negócios, as

indústrias têm investido

em incorporá-la aos seus

processos. Uma de suas

vertentes industriais é a

chamada Internet das

Coisas na Indústria (Industry

Internet of Things, IIoT).

“O setor industrial aproveita

a quantidade cada vez

maior de dados vindos dos

equipamentos conectados

pela Internet. Eles contêm

informações capazes de

integrar dados de todos os

elos da cadeia produtiva,

o que ajuda no aumento

da eficiência, e na garantia

de funcionamento total da

produção, sem interrupções

ou desperdícios”, explica

Fabio Flatschart.

Considerada como a quarta Revolução Industrial, a

Indústria 4.0 é uma das mais avançadas aplicações do

IIoT. O conceito abrange a automatização das etapas

de produção das fábricas, e traz como vantagens a

redução de custos, maior segurança e celeridade para

as indústrias.

“A ideia da indústria 4.0 é produzir com mais

flexibilidade do que uma indústria em série, porém

com a produtividade de uma indústria em série. Para

atingir esse objetivo é que precisamos da tecnologia,

e onde entram diversos

softwares, aplicativos e

internet das coisas. Os

sistemas dão informações

para que os homens tomem

as decisões”, argumenta

Daniel Noel, diretor do

Sindicato das Indústrias

de Marcenaria, Móveis

de Madeira, Serrarias,

Carpintarias e Tanoarias de

Petrópolis (Sindmarcenaria).

DESAFIOS

PARA O BRASIL

No Brasil, a IIoT está ligada

à automação da produção,

com uso intenso do modelo

Machine to Machine (M2M),

a comunicação máquina

para máquina por meio de

dados fornecidos por redes

sem fio. O Brasil é hoje a

quarta economia que mais

utiliza a tecnologia, à frente

de países como a Alemanha

e o Reino Unido.

Em virtude desse

potencial, o governo

brasileiro anunciou que

criará o Plano Nacional

de Comunicação M2M e

Internet das Coisas. Previsto

para o final de 2015, o

programa tem como

objetivo interligar iniciativas

desenvolvidas nessas

áreas a fim de fortalecer a

inovação nos setores público

e privado. Carlos Coelho

alerta, no entanto, que é

preciso investimento para superar o gargalo na produção

da tecnologia.

“Nós estamos na frente pelo uso, não pela

fabricação. Somos um grande mercado para

quem tem valor agregado, mas nós mesmos não o

temos”, diz. Ele aponta também desafios como os

impactos da carga tributária sobre os serviços de

tecnologias de informação e comunicação, e a crise

energética, que podem impactar na competitividade do

país frente ao tema.

“O setor industrial aproveita a

quantidade cada vez maior de

dados vindos dos equipamentos

conectados pela Internet. Eles

contêm informações capazes

de integrar dados de todos os

elos da cadeia produtiva”

Fabio Flatschart

Professor da Fundação Getulio Vargas

Divulgação