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SISTEMA FIRJAN

PÁG. 3

INOVA SETEMBRO/OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2015

RADAR

INOVAÇÃO

R

LEAN

COMO FERRAMENTA PARA

INOVAÇÃO NAS EMPRESAS

Desenvolvida pela montadora

japonesa Toyota, a filosofia

lean

é

um modelo de gestão que reduz

o desperdício no processo de

produção. Recentemente ela passou

a ser aplicada nas áreas de inovação

das empresas. O conceito de “Lean

Startup”, cunhado pelo autor norte-

americano Eric Ries, implica na

rápida prototipação de produtos e

teste junto aos consumidores, a fim

de antecipar erros, evitar desperdício

e reduzir custos.

De acordo com Flávio Picchi, vice-

presidente do Lean Institute Brasil,

esse modelo é contraintuitivo, pois

se contrapõe ao tradicional, em

que linhas inteiras são finalizadas e,

só então, chegam ao mercado. “A

concepção de desenvolvimento do

produto dentro do

lean

considera

que a empresa deve colocar em

contato com o cliente, o mais

rapidamente possível, o produto

minimamente viável. Isso reduz

totalmente os riscos. Com um

pequeno investimento é possível

ter

feedback

do consumidor. Outro

aspecto importante é que não

se deve evitar mudar totalmente

a ideia caso necessário, o que é

chamado de pivotar”, diz Picchi.

Ele ressalta que a preparação do

processo de produção (3P) utilizada

no

lean

, permite aos projetistas de

determinado produto pensarem

em sete protótipos diferentes e

também se traduz em inovação

para as organizações. “Ao exigir

isso, ele força a equipe a pensar

fora da caixa. Na sétima alternativa

as pessoas já conseguem

MINIMIZANDO O TEMPO ATRAVÉS DO LAÇO

IDEIAS

MEDIR

CÓDIGO

DADOS

CONSTRUIR

APRENDER

sair do senso comum. E todo

conhecimento que se gerou para

analisar outras combinações fica

registrado. O objetivo é gerar

conhecimento, não só um produto

específico”, afirma.

Segundo Anderson Rossi, gerente

de Inovação e Desenvolvimento

Empresarial do Sistema FIRJAN, a

incorporação do

lean

na inovação

é mais comum para as empresas

tecnológicas, uma vez que elas já

nasceram nesse novo cenário. Mas

as organizações e setores mais

tradicionais também podem aderir

a esse modelo.

A ideia é que essas empresas

pesquisem, criem e lancem

rapidamente seus produtos.

Assim, quando chegar ao mercado,

haverá menos resistência. “As

empresas, na maioria das vezes,

perdem o

timing

de lançamento

dos produtos. Elas querem fazer

tudo sozinhas, mas não validam o

serviço ou produto com o mercado

para saber o que é interessante.

Antes, elas devem prototipar e

testar com os consumidores”,

explica Rossi.

Na avaliação de Claudio Tângari,

presidente do Sindicato das

Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas

e do Material Elétrico de Nova

Friburgo (Sindimetal), o

lean

favorece a inovação ao estimular

processos mais enxutos. “Com

isso, temos cadeias produtivas

mais rápidas e eficientes para o

desenvolvimento de um produto

novo”, avalia. Outro empresário

que aprova o método é José Luiz

Abicalil, diretor da Haga Indústria e

Comércio: “É útil para a inovação

porque implementa na etapa de

concepção que todo o processo

deve ser enxuto, simples e prático”.

Fonte: The Lean Startup