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PÁG. 12

22 A 28 DE MAIO | CARTA DA INDÚSTRIA

EMPRESÁRIOS SE REÚNEM PARA DEBATER

EXIGÊNCIAS DO BLOCO K DO SPED FISCAL

O Sistema FIRJAN, por

meio da Diretoria Jurídica

e do Centro Industrial

do Rio de Janeiro (CIRJ),

debateu com representantes

das indústrias propostas

de aperfeiçoamento da

escrituração fiscal digital

do Livro Registro de

Controle da Produção e do

Estoque, Bloco K do SPED

Fiscal (Sistema Público de

Escrituração Digital). Com

a inclusão do Bloco K, as

empresas terão de

informar mensalmente

à Receita Federal seus

estoques, consumo de

matéria-prima e insumos, as

movimentações internas de

produtos e a produção.

A reunião contou com a

participação de advogados,

empresários, contadores e

engenheiros de diversas empresas.

Todos apresentaram os principais

pontos de preocupação com

relação ao impacto da medida

em seus negócios. Cheryl Berno,

gerente Jurídica Tributária e Fiscal

do Sistema FIRJAN, ressaltou que,

devido à atuação da Federação

junto ao Fisco, a entrada em

vigor da exigência, prevista para

janeiro deste ano, foi prorrogada

em um ano. “Uma das propostas

em discussão é apresentar um

modelo ao Fisco que exija menos

informações das indústrias”,

explicou Cheryl.

Outra sugestão que será

apresentada ao governo é que o

layout

do Bloco K deve ser alterado

para aproximá-lo ao do Livro

Modelo 3, instituído pelo Ajuste

SINIEF de 15/12/1970. “Dessa forma,

eliminam-se algumas exigências

para proteção do segredo

industrial”, destacou a gerente

da Federação.

A advogada tributarista Ana

Cristina Martins Pereira alertou

para o fato de que as empresas

devem organizar seus registros

para preencher corretamente o

Bloco K: “Serão exigidos os dados

das fichas técnicas dos produtos,

das perdas ocorridas, das ordens

de produção, dos insumos

consumidos e da quantidade

produzida. O almoxarifado tem

de estar preparado para informar

qual a quantidade exata de insumo

e matéria-prima usados para

fabricar cada unidade”.

José Luiz Abicalil, diretor-

presidente da Haga, defende a

simplificação do layout e um

período de teste, para os ajustes

antes da implantação do Bloco

K: “O processo produtivo tem

muitas variáveis que tornam o

controle exigido inviável. Pelo

contrário, a produção poderá

ficar mais cara pela necessidade da

aquisição de

softwares

, contratação

e treinamento de pessoal”.

Robson Rodolfo dos Santos,

analista tributário da MAN

Latin America, criticou a

complexidade dos dados e

os custos para a implantação da

obrigação: “Temos de encontrar

um ponto de equilíbrio que não

comprometa o segredo industrial”.

Segundo Gina Nesi, gerente de

Relações Empresariais do CIRJ,

o objetivo foi identificar os

principais entraves à adequação

à nova exigência: “Promovemos

esse encontro para ouvir as

dúvidas e dificuldades dos

empresários para podermos

sugerir mudanças ao governo”.

Para mais informações, acesse

www.sped.fazenda.gov.br.

Em

caso de dúvidas, o empresário

deve contatar o Sped pelo e-mail

faleconosco-sped-icms-ipi@receita

.

fazenda.gov.br.

G

GERAL

Reunião sobre Bloco K: empresas apresentam sugestões de mudanças no sistema

Fabiano Veneza