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PÁG. 11

11 A 24 DE JULHO DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA

“As regras do jogo estão

mudando, e o Brasil

necessita se preparar

para esse novo processo

de negociações”

Roberto Abdenur

Embaixador

Os Estados Unidos são o segundo

maior parceiro comercial do Brasil

e o primeiro do estado do Rio.

Entretanto, empresas e especialistas

acreditam que ainda há muito

para avançar na relação bilateral.

Para debater os principais entraves

comerciais e pensar em ações

que ajudem a alavancar o fluxo de

comércio entre os dois países, o

Sistema FIRJAN realizou a primeira

reunião do Comitê Estados Unidos.

A atividade faz parte das propostas

para os comitês geográficos, criados

pela FIRJAN Internacional para pensar

estratégias com base na realidade de

cada país, por meio da participação

de empresas atuantes nos mercados.

Segundo Julio Talon, presidente do

Comitê Estados Unidos, a iniciativa

cria oportunidade de as empresas

compartilharem estratégias de

sucesso para potencializar o

comércio bilateral.

“O fato de começarmos pelos

Estados Unidos aumenta ainda mais

a nossa responsabilidade. Tenho

certeza de que vamos realizar um

excelente trabalho. Vamos verificar

as demandas e oportunidades a fim

de criarmos uma agenda junto com

a FIRJAN Internacional, definindo os

próximos passos”, destacou Talon,

diretor-geral da GE Celma, que deve

faturar R$ 1,5 bilhão em serviços

para os EUA este ano, do total de

R$ 2 bilhões esperados.

O grupo é formado por empresários

de setores como aviação, alimentos e

bebidas e aço. Para Luiz Paulo Barreto,

diretor Corporativo Institucional da

Companhia Siderúrgica Nacional

(CSN), a empresa está com o foco

no mercado externo para não perder

competitividade. “Estamos em

um momento grave do setor no

Brasil. No cenário interno a

perspectiva não muda nos próximos

meses”, ressaltou.

Entre os temas levantados pelos

gestores como prioritários estão

o regime de tributação, questões

sanitárias e fitossanitárias, defesa

comercial, logística, principalmente

voo de cargas, ineficiência dos

portos e a burocracia no país, que

aumenta o tempo de exportação.

De acordo com o embaixador

Roberto Abdenur, convidado

para falar sobre a experiência

na Embaixada do Brasil em

Washington, há outros pontos

que o país deve observar, como a

convergência regulatória. “As regras

do jogo estão mudando, e o Brasil

necessita se preparar para esse novo

processo de negociações”, avaliou.

Carlos Mariani Bittencourt, vice-

presidente da Federação e presidente

da FIRJAN Internacional, acredita

que a participação da indústria na

elaboração das novas propostas é

fundamental: “O resultado dessa

primeira reunião foi altamente

positivo. É isso que nós queremos:

que haja um entrosamento entre as

empresas, para trabalharmos como

uma entidade de apoio, dando

suporte às ações”.

Informações sobre as iniciativas da

FIRJAN Internacional pelo e-mail:

firjaninternacional@firjan.org.br.

O

encontro do Comitê Estados Unidos

aconteceu na sede da Federação,

em 28 de junho.

COMITÊ DA FIRJAN ANALISA OPORTUNIDADES E ENTRAVES

NA RELAÇÃO COMERCIAL ENTRE BRASIL E ESTADOS UNIDOS

Semimanufaturados de aço estão entre os principais itens de exportação do Rio para os EUA

Divulgação/Instituto Aço Brasil

C

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