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3 A 16 DE OUTUBRO DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA
NOVO PLANO ESTRATÉGICO DA PETROBRAS ABRE
OPORTUNIDADES NO MERCADO DE PETRÓLEO E GÁS
Com foco em parcerias e
desinvestimentos, os Planos
Estratégico e de Negócios e
Gestão Petrobras 2017-2021
apresentam as diretrizes e
oportunidades para a indústria de
petróleo e gás. De acordo com
Pedro Parente, presidente da
empresa, a atuação será baseada
na otimização do portfólio, que
será reduzido às atividades mais
rentáveis e estratégicas.
Isso inclui a saída da estatal
de diversos segmentos e a
concentração de 82% dos
investimentos nas áreas de
exploração e produção. O objetivo
é, segundo Parente, diminuir
custos para equilibrar as finanças
da empresa, que tem como meta
reduzir em 2,5 vezes a dívida
líquida até 2018. “As indústrias
responderam às transformações no
mercado de petróleo com a venda
de ativos e disciplina de capital e
financeira. O que estamos fazendo
não é muito diferente. Talvez
estejamos começando mais tarde,
mas precisamos recuperar o tempo
perdido”, declarou.
A Petrobras sairá de setores como
produção de biocombustíveis e
fertilizantes e distribuição de Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP). A
abertura desses mercados para
o setor privado e a intensificação
de parcerias estratégicas poderão
gerar, segundo a empresa, US$ 40
bilhões nos próximos 10 anos em
investimentos adicionais.
ARCABOUÇO REGULATÓRIO
De acordo com Parente, o marco
regulatório do petróleo impõe
desafios relevantes para o mercado.
Apesar de ser favorável e considerar
importante a cláusula de Conteúdo
Local, ele entende que são
necessários aperfeiçoamentos.
“A política está mal desenhada,
com um sistema muito rígido,
e que tem promovido atrasos.
Defendemos que o Conteúdo
Local faça sentido, até porque
produzimos com qualidade
mundial, e muitos investimentos
já foram feitos”, destacou.
Para o presidente da Petrobras, o
fim do operador único, que obriga a
empresa a ter participação mínima
nos consórcios de exploração do
pré-sal, também é fundamental para
a competitividade do segmento: “É
uma regra ruim para o país e para a
Petrobras. Temos um conjunto de
experiências que nos permite ser
seletivos e aplicar bem o capital, o
que é necessário em um momento
de recessão econômica”.
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Para que os resultados do plano
sejam alcançados, a empresa
também terá foco na governança
corporativa. De acordo com
Parente, nos próximos dois anos,
período em que a Petrobras
pretende reduzir sua dívida, haverá
austeridade e execução muito
apertada: “É necessário trabalhar
muito esses dois anos para
retomar a relevância da empresa
como alavanca de investimentos e
crescimento do nosso país”.
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira,
presidente do Sistema FIRJAN,
destaca que o fortalecimento da
companhia é fundamental para
a economia do estado do Rio e
do país. “A Petrobras está sob o
comando de uma equipe muito
competente. São executivos
que têm o desafio de buscar a
eficiência”, disse.
A apresentação dos planos
aconteceu em 21 de setembro, na
sede do Sistema FIRJAN.
Pedro Parente: parcerias estratégicas podem gerar US$ 40 bilhões para a Petrobras
Renata Mello
G
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