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PÁG. 7

3 A 16 DE OUTUBRO DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA

da Comissão Nacional Tripartite

Temática (CNTT) da NR 12,

que reúne representantes do

governo, dos trabalhadores e dos

empregadores para discutir as

diretrizes da norma. O Sistema

FIRJAN coordena a bancada

empresarial da CNTT.

Barros ressalta que a participação

da indústria de panificação

fluminense foi determinante para a

publicação do anexo que flexibiliza

as regras: “O estado do Rio teve

papel de destaque na negociação.

Vários empresários tiveram a

oportunidade de participar das

discussões em Brasília e defender

os interesses do setor”.

Também foi estabelecido que

máquinas e equipamentos adquiridos

ou já instalados que estavam em

conformidade com a legislação atual

não precisarão se adequar a futuras

alterações de normas técnicas da

ABNT. As máquinas compradas

antes da revisão da NR 12, em 2010,

que estavam, até então, em acordo

com as exigências legais, foram

dispensadas de atender aos critérios

estabelecidos após esse período.

Wandick Fajardo, presidente

do Sindicato das Indústrias de

Panificação e Confeitaria da

Região Sul do Estado do Rio de

Janeiro (Sipacon), destacou que a

publicação da medida era um dos

principais pleitos do segmento:

“Sem essa modificação, todos

os equipamentos das padarias

teriam que ser trocados. Há

regiões em outros estados em

que estabelecimentos foram

fechados por estarem fora da

norma. Isso era uma ameaça

ao emprego, pois o setor de

panificação é o sexto maior

empregador do país”.

O Ministério do Trabalho também

publicou portaria que instituiu o

Grupo de Trabalho Interministerial

para Certificação de Máquinas e

Equipamentos, que certificará o

maquinário em conformidade

com a norma.

LINHAS DE FINANCIAMENTO

Paulo Roberto Diniz Marques, sócio-

diretor da Padaria e Confeitaria

Madrigal, lembrou que o custeio

para aquisição de maquinário

também é uma demanda primordial

para as empresas de micro e pequeno

porte. “Há dificuldade em se obter

linhas de crédito, e as taxas de juros

são altas”, disse.

Em reunião com empresários,

Ronaldo Nogueira, ministro do

Trabalho e Emprego, reforçou

a necessidade de se criar

condições de financiamento para

a modernização de equipamentos,

por meio do Fundo de Amparo

ao Trabalhador (FAT) e do Banco

Nacional do Desenvolvimento

(BNDES). “O Brasil fez tantos

investimentos em outros países, por

que não financiar a modernização

ou adequação das máquinas da

indústria brasileira?”, questionou.

Ele pontuou que as alterações

são importantes para adequar a

legislação brasileira à realidade

nacional. “Não podemos copiar

uma lei da Suécia achando que não

vamos ter problema na hora de

aplicar no Brasil”, afirmou Nogueira.

O anexo VI da NR-12 foi publicado

no Diário Oficial em 22 de setembro,

páginas 53 e 54, veja mais no

link

http://tinyurl.com/jdl83ha.

2013

2015

2015

2016

Sistema FIRJAN cria

texto de ação judicial

para minimizar

impactos negativos

da norma

Portaria nº 857/2015,

do MTE, dispensa as

indústrias de submeter

às normas o maquinário

comprovadamente

destinado à exportação

Portaria nº 1.111/16,

do MTE, dispensa da

obrigação de atendimento

à NR 12 as máquinas

do setor de panificação

certificadas pelo Inmetro

FIRJAN defende

revisão da NR

12 no Encontro

Nacional da

Indústria, em

Brasília