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6 A 19 DE MARÇO DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA

perdas técnicas e não técnicas e a

redução da alíquota de ICMS para

o mesmo patamar dos principais

estados industriais.

Fernando Cancella, presidente do

Sindicato da Indústria de Instalações

Elétricas, Gás, Hidráulicas e

Sanitárias do Estado do Rio

(Sindistal), acredita que iniciativas

como essas podem reduzir boa

parte dos problemas referentes à

energia elétrica enfrentados pelas

empresas. Ele ressalta ainda que,

as falhas na qualidade da energia

ofertada à indústria resulta em

gastos excedentes para o setor

produtivo: “Essas propostas da

FIRJAN são as nossas aspirações.

Há um efeito cascata de impostos

desde a geração, passando pela

transmissão e distribuição, que

produzem um enorme impacto

no valor da energia que pagamos.

O ICMS é um desses vilões e deve

ser reduzido a um patamar que a

indústria absorva sem ter de alterar

suas margens”

REDUÇÃO CONJUNTURAL

Em 2016, o desligamento de

térmicas, possibilitado por

melhores condições hidrológicas,

associado à queda na atividade

produtiva, permitiu que houvesse

uma redução no valor da tarifa de

Medidas que a FIRJAN propõe para combater o alto custo dA energia elétrica

Intensificar

os programas

de eficiência

energética para a

indústria

Ampliar o

acesso dos

consumidores

industriais ao

mercado livre

Criar condições para o

desenvolvimento

de um

mercado de energia elétrica

com qualidade e preço

diferenciado para a indústria

Aumentar ações

de combate

às perdas,

em

especial as não

técnicas

Reduzir a

alíquota do ICMS

sobre a tarifa de

energia do

estado do Rio

Modificar os critérios de

contratação de energia,

visando a diversificação da

matriz e a contratação de

térmicas

Estimular a geração

distribuída,

permitindo

maior segurança e previsi-

bilidade no fornecimento

e redução de custo

Estimular a adoção

de tecnologias

que

possibilitem a expansão das

redes inteligentes de energia

(smart grids) e a ampliação

da automação

energia no país. Contudo, o estudo

da Federação alerta que os fatores

são conjunturais. “O custo reduziu

porque em boa parte de 2016

vigorou a bandeira verde. Mas não

houve melhoria de eficiência, nem

mitigação dos custos de geração do

setor de forma geral, o que seriam

mudanças estruturais necessárias

para o fortalecimento da energia

elétrica no país”, defendeu Tatiana

Lauria, especialista de Estudos de

Infraestrutura da FIRJAN.

O estudo “Quanto custa a energia

elétrica para a pequena e a média

indústria no Brasil?” está disponível

em

www.firjan.com.br/publicacoes.