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IFGF 2016 - ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL - ANO-BASE 2015

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pontos). De fato, a dificuldade com o pagamento de juros e amortizações está concentrada em pou-

quíssimos municípios, especialmente os maiores. Prova disso é que 3.779 municípios sequer declararam

possuir Dívida Consolidada Líquida. Dessa forma, 68,6% dos municípios brasileiros (3.214) receberam

conceito A e 1.173 (25,0%) conceito B nesse indicador. Destoaram desses resultados 250 (5,3%) cidades

avaliadas com conceito C e 51 (1,1%) com conceito D – neste grupo chamaram a atenção as capitais

São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Maceió (AL).

A análise comparativa dos maiores e menores IFGFs do país mostra que há um verdadeiro abismo entre

os 500 municípios em melhor situação fiscal e os 500 em pior situação. O

IFGF Liquidez

foi a vertente

que mais contribuiu para separar o joio do trigo em termos de gestão fiscal. Enquanto 425 dos 500

últimos colocados receberam nota zero no

IFGF Liquidez

, entre os 500 primeiros houve apenas seis

cidades nessa situação.

A forma como os municípios alocam seus recursos entre despesas correntes e investimentos tam-

bém foi fator determinante para que se situassem no topo ou no final do ranking de gestão fiscal.

Entre as 500 cidades mais bem avaliadas, o percentual médio dispendido com a folha de pagamen-

to do funcionalismo público foi de 48% da RCL, em contraste com os 65% observados entre os

500 últimos colocados.

Naturalmente, a maior rigidez do orçamento decorrente do elevado compromisso com a folha

de pagamentos limita os investimentos em melhorias para os cidadãos. Prova disso é que os 500

municípios mais bem colocados investiram, em média, 15% de suas receitas, ao passo que as cidades

do extremo oposto do ranking investiram apenas um quarto disso (4%). Dessa forma, enquanto 312

prefeituras do primeiro grupo receberam conceitos A ou B no

IFGF Investimentos

, no segundo, apenas

sete cidades superaram os 0,6 pontos.

Nas capitais, a situação das contas públicas também é a pior dos últimos 10 anos, com o

IFGF Gasto

com Pessoal

, o

IFGF Liquide

z e o

IFGF Investimentos

atingindo o valor mais baixo da série histórica

iniciada em 2006. O diagnóstico das capitais é semelhante ao dos demais municípios. A queda das

receitas correntes confrontou-se com a elevada rigidez dos orçamentos com gastos de pessoal. Com

isso, as capitais aumentaram o comprometimento da RCL com a folha de pagamento: em 2015, esse

valor chegou a 51,3%, em média. Em 2007, era bem menor: 47,1%.

Ainda assim, a situação fiscal das capitais é melhor que a dos demais municípios. Enquanto o

IFGF

Brasil

apresentou queda de 7,5% na comparação com 2014, o IFGF médio das capitais recuou 4,5%;

em nível, ficou 37,3% superior ao nacional: 0,6083 contra 0,4432 pontos. Assim, 2015 foi o ano com

o maior número de capitais entre os 100 melhores resultados do país: seis figuraram nesse ranking.

Não obstante, nenhuma capital apresentou excelência na gestão fiscal (conceito A no IFGF), e doze

registraram gestão fiscal difícil (conceito C no IFGF), o maior número da série histórica.