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PÁG. 4

23 A 29 DE OUTUBRO | CARTA DA INDÚSTRIA

FIRJAN DISCUTE PERSPECTIVAS PARA OS SETORES

DE ENERGIA E INFRAESTRUTURA NA AMÉRICA LATINA

O Sistema FIRJAN participou

da 26ª Assembleia Plenária

do Conselho Empresarial da

América Latina (CEAL). No

fórum Energia e Infraestrutura,

Eduardo Eugenio Gouvêa

Vieira, presidente da Federação,

apresentou caminhos que podem

impulsionar o desenvolvimento

dos setores na América Latina.

“No Brasil, o custo da energia

aumentou exponencialmente

nos últimos anos, impactando

a competitividade das nossas

indústrias. A integração energética

com os países latino-americanos

pode ajudar a trazer soluções para

esse problema”, afirmou.

Segundo Gouvêa Vieira, essa

sinergia pode ser otimizada por

meio de uma estratégia que

contemple três ações: a criação

de um marco regulatório

adequado, o planejamento

conjunto em projetos de

infraestrutura e a integração

das diversas fontes de energia

disponíveis. “Esse tripé irá resultar

em custos mais competitivos

e maior eficiência econômica

e operacional, com menores

impactos sociais e ambientais para

os países parceiros”, disse. Ele

citou a Usina Hidrelétrica de Itaipu

como um exemplo emblemático

de projeto de integração bem-

sucedido.

O presidente do Sistema FIRJAN

ressaltou ainda as características

da América do Sul que podem

potencializar sua relevância no

cenário global. “O desenvolvimento

da infraestrutura dos nossos países

é a única forma de acelerar a

economia. Temos um povo criativo

e somos competentes dentro das

usinas”, disse.

Moderador do painel, Carlos

Mariani Bittencourt, vice-presidente

da FIRJAN, destacou que é preciso

aproveitar o que cada país tem

de mais avançado. “Se existe

esse desejo de cooperação, ele

tem que ser trabalhado dentro

das competências de cada país

participante. A relação entre

os Estados se torna cada vez

mais importante”, observou

Bittencourt, que é um dos

fundadores do CEAL.

Na mesa, formada por empresários

do Brasil, do México e do Paraguai,

debateu-se ainda a importância

da harmonização dos marcos

regulatórios para a energia e os

problemas causados em virtude de

excessos na política de soberania

nacional. Roberto Gianneti,

presidente da CEAL no Brasil,

avaliou que o fórum resultou em

contribuições importantes para

os temas discutidos: “A ideia é

trabalharmos as reflexões para

dar andamento nas políticas. As

colocações aqui expostas serão

aproveitadas”.

EXPORTAÇÕES

O evento contou ainda com a

participação de Armando Monteiro,

ministro de Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior,

que anunciou aumento do

superávit da balança comercial

para US$ 30 bilhões em 2016. Ele

afirmou também ser favorável

a uma aproximação maior do

Brasil com os Estados Unidos.

“Exportamos mais de US$ 20 bilhões

para o mercado norte-americano

e estamos removendo barreiras

não tarifárias”, disse Monteiro, que

palestrou no painel Investimentos.

Com o tema “América Latina Sem

Fronteiras”, o CEAL reuniu líderes

empresariais, membros do governo

e representantes de organizações

internacionais para debater temas

prioritários para a região. O evento

aconteceu em 15 e 16 de outubro,

no Windsor Atlântica.

Gouvêa Vieira: caminhos para impulsionar o desenvolvimento da América Latina

Antonio Batalha

G

GERAL