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IFGF 2015 - ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL - ANO BASE 2013

PÁG.13

Gráfico.

Evolução do

IFGF Gastos com Pessoal

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Com o objetivo de evitar a rigidez orçamentária e garantir espaço para alocação de outras despesas, em 2000, a

Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) limitou os gastos com pessoal em até 60% da RCL. Além disso, o artigo 22 dessa

mesma legislação criou um limite prudencial, definido como 95% do teto (ou 57% da RCL), acima do qual ficam

vedadas criações de cargos, empregos ou funções, além de outras restrições.

Representa quanto os municípios gastamcompagamento de pessoal, em relação ao total

da Receita Corrente Líquida. Tendo em vista que esse é o gasto com maior participação

na despesa total de um município, o índice mede o espaço de manobra das prefeituras

para execução das políticas públicas, em especial dos investimentos.

IFGF Gastos com Pessoal

O gasto com pessoal é o principal elemento da despesa das prefeituras brasileiras. Devido ao seu

caráter rígido, o comprometimento excessivo das receitas municipais com essa despesa deve

ser evitado, uma vez que implica na redução dos recursos destinados para outros fins, afetando

as políticas públicas

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. Por isso, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF, 2000) estabeleceu um limite

prudencial e um teto para essas despesas: 57% e 60%, respectivamente.

Contudo, na contramão dessa recomenda-

ção, nos últimos anos, as despesas com fun-

cionalismo público têm comprometido uma

parcela cada vez maior dos orçamentos mu-

nicipais. Entre 2011 e 2013, a proporção da

Receita Corrente Líquida (RCL) consumida

por essas despesas nos municípios brasileiros

passou de 48,5% para 53,0%. Dessa forma, o

IFGF Gastos com Pessoal

atingiu seu menor

patamar desde o início da série histórica do

índice ao atingir 0,4924 pontos, um recuo de 11,4% frente ao ano anterior. Por trás disso está o

fato de os gastos de pessoal crescerem em velocidade superior às receitas.

Nessa dinâmica preocupante, cada vez mais municípios ultrapassam o teto de 60% da RCL

estabelecido em Lei para as despesas com o funcionalismo público: foram 796 (15,2%) em 2013,

ante 445 (8,7%) em2012. Por apresentarem valores acima do limite legal, essas cidades receberam

nota zero e conceito D no

IFGF Gastos com Pessoal

. Como se não bastasse, mais cidades

caminham para o terreno de alerta – aquelas com conceito C no indicador, que consomem

entre 50% e 60% da sua RCL com gastos com pessoal, passaram de 2.432 (47,5%) para 2.777

(53,0%) no mesmo período. Consequentemente, houve redução do número de prefeituras com

conceitos A e B, que foram de 2.241 (43,8%) em 2012 para 1.670 (31,9%) em 2013.

0,6783

0,6663

0,6946

0,5705

0,5740

0,6171

0,5556

0,4924

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013