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IFGF 2015 - ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL - ANO BASE 2013

PÁG.16

O índice avalia o comprometimento das Receitas Líquidas Reais com o pagamento de

juros e amortizações de empréstimos contraídos em anos anteriores.

IFGF Custo da Dívida

Apesar do tamanho da dívida não constituir problema para a gestão fiscal das prefeituras

brasileiras

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, os encargos resultantes precisam ser monitorados. Assim como as despesas com

pessoal, esses encargos apresentam rígidas obrigações contratuais, o que os torna um fator

de engessamento do orçamento. Além disso, a recorrente contratação de dívidas com prazos

curtos tem resultado em aumento dos custos de captação de dívida.

Em 2013, as prefeituras brasileiras consumiram menos do seu orçamento com o pagamento

de juros e amortizações da dívida pública. Com isso, o

IFGF Custo da Dívida

avançou 4,8%,

para 0,8306 pontos, seu maior nível desde o inicio da série do IFGF, em 2006. Esse resultado

é explicado em grande parte pela anistia das multas e parcelamento das dívidas tributárias e

previdenciárias (PASEP) dos municípios com o governo federal

16

.

A melhora do

IFGF Custo da Dívida

também

é ilustrada pelo expressivo aumento do já ele-

vado percentual de prefeituras com concei-

to A: 66,1% dos municípios brasileiros (3.468)

receberam esse conceito em 2013, frente a

55,3% em 2012. Também estão em boa situ-

ação as 1.433 cidades (27,3%) que obtiveram

conceito B nesse indicador. Destoaram des-

ses resultados 273 (5,2%) cidades avaliadas

com conceito C e 69 (1,3%) com conceito D – isso significa que apenas 6,5% dos municí-

pios brasileiros apresentaram alguma dificuldade com o pagamento de juros e amortizações.

De fato, a grande maioria das prefeituras brasileira não possui acesso ao mercado de crédito,

fazendo com que a dificuldade com o pagamento de juros e amortizações fique concentrada

nos municípios maiores. Para se ter uma ideia, a população média dos municípios que

possuem conceito D nesse indicador é de 260 mil habitantes, número dez vezes maior que a

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Em 2013, os balanços dos municípios mostram que 87% têm dívidas consolidadas negativas, isto é, crédito.

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Em 2013, o Governo Federal publicou a Lei nº 12.810 e as Portarias-Conjuntas PGFN/RFB nº 03 e 04/2013, pelas

quais, dentre outras medidas, concedeu anistia de 100% das multas e encargos processuais e de 50% dos juros sobre

as dívidas tributárias e previdenciárias (PASEP) dos Estados e Municípios brasileiros, que poderiam ainda parcelar o

saldo da dívida em até 240 meses.

Gráfico.

Evolução do

IFGF Custo da Dívida

0,8087

0,8021

0,7923

0,7954

0,8065

0,7980

0,7928

0,8306

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013